Abrolhos

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Obrigado

Valeu Soraya, você me deu um presente de Natal maior do que você possa imaginar. Desejo a você e toda a sua família um 2011 renovado, cheio de energia positiva e cada vez mais coisas boas vão vir por aí. Assim Seja! Bjos.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal

Prefácio: Caros seguidores, após este post, nem que tenham nada a acrescentar, digam um "oi", ou "Tô aqui" só pr'eu não me sentir um daqueles caras falando prá ninguém no meio da praça. Se pelo menos 2 ou 3 se manifestarem já me sentirei o próprio Roberto Shinyashiki de feliz. Não que eu não seja o único culpado, afinal eu mesmo não me seguiria se eu escrevesse tão vagamente e passasse semanas, meses sem notícias minhas.

O post de hoje é inspirado num programa que eu vi na TV sobre a Madre Teresa de Calcutá. Ela se confessava que, apesar de todo seu ativismo, toda sua fé, sentia um vazio incurável. Na minha pequenez eu ouso dizer que eu também sinto, mesmo quando eu troquei de religião católica pela doutrina espírita, embora esse vazio tenha diminuido. A racionalidade conforta até certo ponto.
Uma dúvida que eu queria trazer a vocês é que se Deus mandou seu filho mais evoluído à Terra para dar um rumo à humanidade há 2 mil anos, por que não o fez uns 200 anos depois quando a escrita estaria mais difundida e teríamos um relato mais preciso do que ele realmente teria dito? Eu mesmo tento responder e a resposta é que foi de propósito. Mesmo com toda a gama de interpretações que deram origem a tantas religiões, às vezes até digladiando entre si, se não tivesse tanto mistério envolvido, o emocional não seria acionado. E o emocional é o mal necessário que move o mundo, é o tempero, é o que penetra na camada de pedra que temos envolvendo nossos corações. É nosso estágio primitivo do espírito que a maioria se encontra. Cristo escolheu a cruz para entrar na história. Só Deus sabe, literalmente, quantos médiuns ou profetas, se preferirem, que não foram manchetes nos pergaminhos da época que caíram no esquecimento.
Mas o mesmo emocional tem que morrer para a evolução continuar, senão seremos como todas aquelas tias que vão nas igrejas, templos ou o que for para rezar mas não dispensam aquele comprimido de lexotan para dormir. Nessa transição há o vazio e só vejo o estudo e a caridade para preenche-lo. Refaço meus votos neste ano novo, que promete ser mais um ano doloroso de transformações e mudanças climáticas, de buscar a compreensão e conhecimento e o equilíbrio entre resignação e ação positiva. A mim e a todos vocês que me seguiram, até os anônimos. Bjos.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Resposta II

Caro Anônimo

Desculpe a grosseria, mas é para se tocar: você não está bem intencionado(a) para comigo. Primeiro não se identifica. Depois omite o fato de eu ter ligado sim. Depois ter oferecido ajuda de alguma forma. Eu só tenho o telefone do Seu Cláudio. Falei com ele (ou alguém da família)há algum tempo para saber do Valmir, o sobrinho do seu José. Me disseram que ele sofreu várias cirurgias, passou por internações, mas estava recuperando. Agora, você vem aqui, nem comenta meu trabalho, me difama dessa forma. Mais uma vez, eu lamento pelo ocorrido e, preste atenção: ao contrário de você eu estou exposto e vou ligar novamente para o seu Cláudio e combinar um fim de semana para nos falarmos pessoalmente.
Minha esposa não se lembra de você ter ligado para ela, também pudera, nem sabe seu nome! A única pessoa que fez contato foi uma advogada, por sinal muito simpática.
Se você aceitar um conselho, aqui vai um: deixe a vida seguir seu caminho. Tudo tem um tempo certo de começar e terminar. Se ele foi uma pessoa boa, vai ter um pós vida tranquilo, cumpriu seu papel e deve estar trabalhando por vocês emitindo vibrações positivas. As mágoas, o luto prolongado só atrapalham.
Vou orar por você

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sexualidade

O machismo está programado geneticamente para acabar! O cromossomo Y está perdendo genes, tá ficando mais murchinho. Na evolução não vai mais caber o homem que não perca características próprias do machismo. Isto é bom. Nenhum homem troglodita pode ser um instrumento de Deus completo. Fica posando de bonzinho e em casa subjuga sua companheira. Que tempos estamos vivendo, hein? Somos testemunhas das maiores revoluções da humanidade. Haja controle emocional para passar por tudo isso. Por isso que temos que nos adaptar. Somos mutantes ou pais de mutantes. Mas tudo em Deus é perfeito, o problema é que não enxergamos. Todo mundo que é entrevistado, vítima de qualquer coisa só quer justiça, como se Deus estivesse de braços cruzados e nós tivéssemos que assumir o papel de justiceiros.
Mas voltando à sexualidade, eu fico observando e invejando enfermeiros gays, o carinho que têm para com os pacientes e ao mesmo tempo me decepcionando vendo as suas obcessões pela fofoca, pelos bafões. Parece que a natureza está acertando os ponteiros para evoluir, tá faltando aparar as arestas.
Fico vendo o universo feminino que está mudando e assumindo seu lado "testosterônico" primeiro no trabalho e agora partindo pro ataque na conquista do ser desejado. Pena que digladiam entre si pelos motivos mais fúteis ou pela conquista do ser amado - A QUALQUER PREÇO - e o que o homem sente é o de menos. É a tal estória, se as mulheres se unissem, dominariam o mundo, mas nós, homens, estaríamos perdidos.
Aos trancos e barrancos estamos evoluindo, não temos mais problemas graves com a liberdade de sermos o que somos. Tudo está mais misturado e menos estereotipado. Talvez no futuro não mais seremos "classificados como homo, hetero, ou bissexual, mas sim por porcentagem de caracteres. Seremos ainda almas masculinas e femininas, mas com características adquiridas nas muitas encarnações que passamos e se for para sermos cada vez mais próximos da perfeição teremos que aceitar. Bjos.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Drogas e Emoções

Um dia eu li uma entrevista com o Dalai Lama em que o repórter perguntava qual a saída para o mundo ocidental cada vez mais violento e ele disse que, enquanto as pessoas continuassem ávidas por emoção, não haveria saída.
Na questão das drogas todos os personagens em questão são viciados em emoções. Vamos começar pelo personagem principal, o usuário. Geralmente ele é uma pessoa com componentes de caráter bons, mas que tentou preencher o vazio de sentimentos, ou de sentimentos negativos por emoções, assim como o é aquele que come demais, bebe demais e outras coisas que de boas para ruins só precisam de um aumento na dose. Ele é ávido por emoções, que só tem no início do vício e depois só sente necessidade de evitar o mal que a ausência da droga lhe faz. Vive frustrado pela ausência daquelas emoções do início e o alto preço pago por isso.
Depois vamos para a mãe, o pai ou o cuidador. Ele é viciado num tipo diferente de emoção. Masoquismo também é um tipo de emoção. Sob o pretexto de que fulano é da família, o cuidador se anula e cria um sentimento confuso de amor e ódio que vai entranhando e preenche o seu também vazio de existir. Quando os pais não impõe limite aos filhos é por medo de serem abandonados, têm sua auto estima em baixa e se vendem pos brinquedos, roupas e tudo o mais que lhes é pedido. Não vivem os sentimentos, mas as emoções desse relacionamento.
Vamos para o traficante não usuário. Viciado no dinheiro sabe lá porque vazio tenha, ele precisa de sempre mais, não se importando com o que possa causar à sociedade. Assume riscos, é viciado em adrenalina. Mais e mais emoções.
A polícia, salvo excessões, é viciada pela emoção da perseguição, da caçada, não se importando se a cadeia e tudo que ela tras, vai contribuir para a recuperação do indivíduo. Claro que tem a satisfação de livrar pessoas de bem dos bandidos, mas eu acredito que a linha para o prazer doentio é muito fino.
A sociedade que se alimenta de notícias de violência, se alimenta de emoções. Pede leis mais duras para o combate às drogas, mas se tiver algum parente envolvido, não tem coragem de denunciar. Por que sabe que não é esse sistema que vai recuperá-lo. A pessoa sai do notiuciário, vai para a novela atrás de mais emoções.
Será que a gente ainda sabe viver na sanidade? Sabe que não pode viver sem emoção, mas sabe dosá-la? Sabe conversar com o outro, sentir o outro e escrever uma história autêntica? Com sentimentos autênticos? A proibição das drogas vem do medo de nossos filhos se perderem no vício, medo de não termos cumprido o nosso papel de pais, de não termos dado formação e amor suficientes para que a escolha pelo não consumo seja natural. Toda proibição pura e simples gera violência. Não foi assim no comunismo? Não foi assim na Ditadura?
Eu acho que as drogas deveriam ser liberadas, de forma progressiva, começando com a maconha e só a partir de uma idade que represente um relativo amadurecimento da pessoa. Mas algumas coisas deveriam ser acordadas entre a sociedade para deixar de lado o emocional da questão. Primeiro um amplo serviço psicológico deveria ser oferecido para o usuário. Depois a imprensa deveria, no máximo, divulgar estatísticas e não expor a população ao horror humano, que já ocorre proibindo ou não. Por último, a produção seria caseira, limitada a uns 4 metros quadrados, para evitar que a indústria tome conta aumentando muito a oferta. Bjos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As Duas Leis

Meus neurônios frenéticos não param de trabalhar. De repente eu percebi que existem 2 leis principais que regem a espiritualidade e que coexistem e se completam, e que podem estar em sentido oposto ou na mesma direção. São as leis de causa e efeito e a de atração. A primeira é mais simples, é o "toma lá dá cá", a semeadura e a colheita. Se fosse só isso, o mundo seria só um pêndulo um vai e vem sem fim. Estaríamos ainda na Lei de Talião, a do "olho por olho e dente por dente". Mas existe a Lei de Atração, mais elaborada e que podemos simplesmente chamar de Fé.
Vamos supor que fizéssemos uma falta grave e estávamos pagando com um sacrifício imenso com muita dor. Então rezamos (ou oramos, como quiser) para pedirmos alívio, paciência ou resignação com muito fervor. Estamos acionando a Lei de Atração que entra em conexão com forças afins daquilo que pedimos e podemos conseguir. Ela não tem religião, senso de moral, podemos rezar para conseguirmos qualquer coisa, mas aí vem a Lei de Causa e Efeito e vai nos causar efeito semelhante daquilo que causamos ao nosso próximo em consequência do nosso pedido. Quando deixamos de causar um mal que desejamos por qualquer motivo, vaidade, vingança, mágoa, evitamos o efeito reverso. Se além disso fazemos o bem para essa pessoa, atraimos coisas boas. Claro que a era do bem ingênuo tem que acabar. Devemos sempre pensar: Tal coisa servirá ou não para fulano evoluir? Coisas emergenciais como fome ou doença não se discute, porque são básicas para se prosseguir na vida.
As leis estão em sentido oposto quando estamos muito endividados com outrem e não superamos esse mal, mesmo com muita oração. É o Karma pesado.
Estão em concordância quando, por exemplo, prestamos o vestibular e estudamos muito, antes (causa e efeito) e meditamos para tranquilizar (atração). Se não estudamos e ainda vamos pessimistas, elas também estão em concordância, mas no sentido oposto.
A Lei de atração requer um certo cuidado, porque nosso pensamento sempre tende pro lado pior. Somos dominados pelo medo de que algo terrível nos aconteça, nos enchemos de cadeados, alarmes de verdade ou imaginários. Frequentemente nossa oração não tem valor, porque estamos com medo, sem confiança e não atraímos as energias afins. Fora que todos nós temos contas a pagar, poderia, as vezes ficar elas por elas, mas quando somos credores, a primeira coisa que fazemos é clamar por "justiça".
Acho que o texto ficou meio confuso, qualquer coisa me escrevam. Bjos.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Política

Nossos gostos na política estão ligados ao nosso caráter, formação e visão do mundo. Procurei fazer uma analogia com a espiritualidade também. As pessoas se dividem nas que acham que o homem nasce neutro e que o meio vai determinar se ele vai ser bom ou mal, se vai progredir ou não, se vai adquirir vícios, se vai liderar ou ser subordinado; naquelas que a genética ou "os escolhidos por Deus" vão vencer independente de onde nasçam, que dificuldade enfrentem, que seio familiar se insiram e que educação recebam.
Os primeiros tendem a optar por um partido comunista ou socialista, porque a competição é má. Os valores individuais não devem ser levados em conta e Deus é injusto, pelo menos enquanto estamos encarnados, porque sofremos de maneira desigual.
Os segundos tendem ao capitalismo. São pessoas privilegiadas porque se fizeram na adversidade, pelo próprio esforço, capacidade, senso de oportunidade ou nasceram ricas. Agradecem a Deus e não questionam muito.
E existem os terceiros. Gente como eu, que acreditam em um monte de "bobagem" como evolução da alma, karma, lei de causa e efeito. Essa gente acredita que a genética, ou o estágio evolutivo do espírito é importante e vai ser decisivo para a pessoa vencer mesmo em condições adversas. Mas o meio é importante, senão qual a responsabilidade dos pais, professores e governantes? Então essa gente tende a aceitar um partido de centro que crie condições para as pessoas crescerem, mas sem paternalismo. E eu acrescento que Cristo disse "Amai a Deus sobre todas as coisas" e não tem coisa que é mais de Deus que a natureza, então a base das minhas opções nesta eleição vai ser do PV.
Pela primeira vez, pena que seja já tarde na minha vida eu não vou ver pesquisa, se vou perder voto,quantos por cento tem o candidato. É a liberdade eleitoral. Bjos.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Estória mais Longa do Universo

É estória mesmo, porque é só minha intuição. Qualquer dia eu vou perder a timidez, vou subir no palanque da Casa Francisco de Assis e vou começar meu depoimento assim:
- Todo mundo que começa a realmente acreditar em algo a respeito de Deus, logo começa a querer falar em Seu Nome. Isso é muito perigoso, pode induzir a conclusões erradas.
Então eu quero pedir que não tomem como verdade. Isto é um mero exercício de lógica.
Deus, que é o conhecimento supremo, teve a necessidade de se reproduzir. Como é que se reproduz um Deus? Pega-se uma bola de matéria prima. Dá-se uns choques nela e produz-se um "Big Bang". Então uma quantidade imensa de poeira cósmica, já programada "geneticamente" para formar galáxias, nebulosas e tudo aquilo que só os astrônomos conhecem,se espalha. Como células, corpos celestes nascem, se desenvolvem e morrem. Estas por sua vez são constituidas de sub unidades, que também o são e vamos assim, olhando por lentes de um microscópio gigante, ver que as galáxias têm estrelas, que têm planetas que têm matéria inorgânica e alguns têm ou hão de ter matéria viva. Estas, como tudo o mais no universo, nascem, crescem e morrem e dão lugar a algo mais desenvolvido. É na matéria orgânica que se brota o princípio inteligente, aquele que Deus semeou para finalmente se reproduzir. Ele cuidou pessoalmente das plantinhas, dos peixinhos, dos animais superiores, dos humanóides inferiores, colocando tudo em equilíbrio até que veio o homem e aí a coisa se complicou um pouco. O princípio inteligente não pode mais crescer sem um pouco de autonomia, sem conhecer as leis de causa e efeito, enfim, sem o famoso "livre-arbítrio". Tampouco o princípio inteligente se perde. Ele não pode ser desperdiçado nas chamas eternas de um inferno. Pode ser corrigido, pode ser melhorado. Assim como formas de vida que não têm mais razão de existir, como os dinossauros, nossas pequenas certezas, valores, dogmas que foram testados e reprovados vão ser extintos. A cada encarnação deixamos de ser um vinho ruim e adquirimos um rótulo de qualidade cada vez mais superior. Se seremos, no futuro, uma pequena célula de um novo deus, ou se seremos deuses para fazer companhia ao Criador ou se seremos apenas valorosos súditos, porém felizes com a nossa existência, eu não sei, é lógico. Mas a impressão que tenho, principalmente agora, com a velocidade que as coisas estão ocorrendo, que essa evolução acontece em progressão geométrica. E olhamos para trás e vimos quanta guerra inútil, quanta violência gratuita, quanta bobagem carregamos como um fardo pesadíssimo. Por isso devemos pensar duas vezes ao invés de sermos turrões e defendermos com unhas e dentes, "verdades" que poderão, no futuro, cair por terra,como a via láctea que se transformará num reles buraco negro.

domingo, 15 de agosto de 2010

Eu Gosto de Ser Médico?

Antes de mais nada quero pedir desculpas: Fui acometido de uma preguiça crônica e minha produção caiu prá caramba. Acho que perdi todos os meus seguidores. Se tiver alguém ainda me lendo, por favor, se manifeste.
Bem, a resposta tende a ser sim, mas não é uma questão simples.
A medicina, com tantas especializações, é um mundo muito heterogêneo. Tem gente, como os patologistas, que nunca viu um paciente na frente. Tem gente que cuida só de pacientes "saudáveis" como os plásticos. Tem aqueles que só tem contato com pacientes tão sofredores ou em coma, que não sabem o que vai pela cabeça deles, como os intensivistas ou emergencistas.
Então a questão é: Eu gosto de realmente ajudar os outros? Eu sei o que o próximo realmente necessita? Até que ponto eu me envolvo, ou devo me envolver, com o drama pessoal de cada um?
A medicina é uma ciência dinâmica, em eterna busca de uma identidade. Ela diz que o paciente tem que viver cada vez mais, mas não diz o que fazer com esse tempo extra, nem se esse tempo extra vai valer a pena, se a qualidade de vida após determinada moléstia vai ser boa o suficiente para permitir uma felicidade mínima.
Setores puramente científicos correm paralelo com setores humanistas, alternativos.
A espiritualidade está apenas começando a se inserir neste contexto.
Mas, voltando à pergunta: Eu gosto de ser médico?
Acho que o médico tem que ser um gerente de algumas variáveis para que a medicina seja uma atividade prazerosa. Ele tem que atender de forma que sinta que existe um equilíbrio entre remuneração financeira, satisfação pessoal, satisfação do cliente, aceitação de seus limites, saber que pode ser atingido por problemas pessoais que têm que serem sublimados na hora do trabalho. Trabalhar com a raiva dos outros ao verem suas perspectivas frustradas diante do inexorável diagnóstico desfavorável.
Uma vez que somos seres humanos e não conseguimos manter esse astral tão alto e tão constantemente, eu lhe digo: Não é sempre que eu gosto de ser médico, mas não existe nada que seja tão fascinante, complexo e que exija tanto de você. Uma montanha russa de emoções. E nem preciso ir ao Hopi Hari.

Beijos a todos

domingo, 1 de agosto de 2010

Pai Nosso - Minha Interpretação

Pai Nosso que estais no céu. – Na verdade Ele é a matriz do conhecimento e céu é a meta que todo o espírito deve atingir na sua caminhada, onde estaremos o mais semelhantemente possível iguais a Deus.
Santificado seja o vosso nome. – Acreditamos que a meta por Ele proposta é santa, isto é, a da felicidade verdadeira.
(e então que) Venha a nós o vosso reino. – Se assim agirmos o seu Reino virá. Ação e reação.
Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu. - Essa é a passagem que me reforça no Espiritismo, então o Céu não é um bem absoluto, onde ficamos num ócio eterno, lavados de todos os nossos defeitos, vícios, amores e desamores carnais. Então desejamos que, em todos os planos existenciais, seja feita a vossa vontade.
O pão nosso de cada dia, nos dai hoje. – O pão, o conforto, os prazeres desde que, na medida em que nos empurre para a melhoria interna, para a alegria da vida e não nos acomode em ilusões.
Perdoai as nossas ofensas. - Pode ter certeza que Ele nos perdoa. Podemos xingá-lo ou adulá-lo, fazer falsas promessas impossíveis de cumprir. Deus compreenderá o seu nível de aprendizado, mas geralmente, quando você ofende alguém é você quem está com problemas.
Assim como nós perdoamos a quem nos têm ofendido. – Se você quer descontar tudo que lhe fazem vai conseguir, mas não vai sair do lugar.
E não nos deixei cair em tentação. – Ele deixa, você é livre para fazer tudo. Tentação é o caminho mais fácil, o que não respeita os limites do seu próximo, geralmente a conta mais difícil de ser paga no futuro. É mais um lembrete para nós mesmos.
Mas livrai-nos do mal. – Do mal que a gente mesmo planta acho difícil, do mal gratuito que querem nos fazer, o pensamento elevado pode nos afastar.
Assim Seja.

Prá não perder o costume e manter algum elo que nos une, bjos a todos.
Lineu

domingo, 27 de junho de 2010

Mídia

Eu tenho sentimentos contraditórios em relação à mídia e acho que ela mesma o tem. A ética e o sensacionalismo devem se digladiar continuamente. Com o baixo nível cultural do povo, que nem de longe acompanha o desenvolvimento econômico, ao contrário, a cultura do mal gosto, do ridículo que passa a ser moda, ganha um espaço cada vez maior nos meios de comunicação. Como espaço é dinheiro, não há como não ceder. Eu imagino que tudo começou na década de 60, com a contracultura, que foi uma forma de protesto contra a sociedade da época, elitista, segregacionista. Os mais velhos se lembram do WASP (white, anglo saxan, protestant)? Era o ideal da sociedade americana e o resto do mundo só existia para ser explorado e sustentar os lucros dessa burguesia podre. Da contracultura, que criou novos hábitos, novos ídolos, novos sons, Woodstock, Paz e Amor, aquela coisa toda, seguiu-se um curto período de equilíbrio e lucidez, desenhos como snoopy, programas inteligentes, festivais com conteúdo político e depois...descambamos. Dá muito mais dinheiro, muito menos trabalho, muito mais apelo ao erótico de mal gosto, agradar direto ao povão. Tem até mulher melancia na Playboy! Claro que não precisam ser só programas culturais, mas mesmo os populares têm que fazer o povo pensar. Pior quando, ao contrário, incute sentimentos negativos, tipo estes programas que passam à tarde tipo "Cidade Alerta", que fazem pessoas cada vez mais com medo, cada vez mais isoladas. Mas, como tudo, existe o lado bom. O jornalismo investigativo, que faz uma espécie de polícia da sociedade, da Veja e da Isto É, programas humorísticos como CQC, uma parte do Pânico e do Casseta e Planeta. E agora vou me despedir mandando um beijinho prá titia e prá vovó, só não posso esquecer da minha eguinha Pocotó. Bjos.

domingo, 20 de junho de 2010

Para Uma Amiga

Este post vai para uma paciente que está se tornando uma grande amiga e acho que, se não revelar seu nome, eu posso contar um pouco de seu drama.
Esta senhora, espírita, inteligentíssima, estudada nos mistérios desta interface confusa que temos com o mundo espiritual, tem um drama longo e, aparentemente sem solução. Ela tem uma grande mediunidade e soube que, por desentendimentos em outras vidas, adquiriu inimizades imortais que a perturbam e influenciam seus filhos, que são perturbados por vozes contínuas e, mesmo sendo profissionais capazes, formados com louvor, não conseguem trabalhar e estão no limiar de um diagnóstico de esquizofrenia.
Então esta senhora muito mais sábia e gabaritada que eu, que quase não estudo e ainda sou metido a escritor, me pede conselhos e eu só pude indicar a Casa Francisco de Assis, onde gente mais capaz poderá ajudar. Mas....
Depois eu tive uma conferência com meus botões e cheguei a algumas conclusões:
Primeiro, ela se sente altamente responsável pelo bem estar de seus filhos, talvez chegando às raias da culpa. Será? Será que seus filhos não têm seus próprios carmas e simplesmente convivem para um tentar ajudar o outro de igual para igual?
Segundo, será que eles próprios estão querendo ajudar a si próprios ou negando o problema ou esperando que a mãe, que tem jeito daquelas que carregam o mundo sozinhas, resolva o problema por eles?
Terceiro: será que, com o passar dos anos, esta senhora não perdeu aquela alegria de viver, tão necessária para atrair os bons fluidos e saltar para níveis vibratórios superiores e está na hora de sair, se divertir, e pensar um pouco mais em sí?
Estou convicto que, para ajudar os outros, definitivamente não é qualquer um que pode. Você precisa ter a fé que estamos em um mundo em transformação e com boas perspectivas no futuro, senão você não consegue nem convencer a si mesmo nem a outrem. Tem que captar se o outro realmente quer ser ajudado e que para isso tem que abrir mão de alguma coisa, se está preparado, senão ele está apenas desabafando e aí, basta palavras de empatia tipo: - Puxa, que coisa, né? - Fique calmo. E assim por diante.
É necessário um mínimo de conhecimento técnico do problema, por exemplo, ajudar um viciado é necessário medicação, deixar ele sofrer um pouco com as consequencias do seu comportamento e oferecer um trabalho comunitário com possibilidade de reconhecimento público. Saber se um problema mental é reversível ou não, etc.
Por último, nunca se envolver e se contaminar com o drama alheio, claro que um pouco sempre acontece, aí um esporte, um hobby, qualquer coisa que descarregue é necessário. Beijos a todos e um especial para essa amiga, que Deus lhe ajude.

domingo, 13 de junho de 2010

Felicidade custa caro. É um processo, na vida, que vem com a maturidade. Primeiro, a gente tem que se conhecer. Não adianta chegar na Copa e falar de futebol, se o resto do tempo não estamos nem aí prá ele, não adianta falar mal do governo se não colaboramos com a nossa parte. À medida que definimos o nosso gosto e desgosto, temos que viver coerentemente com eles e nos despir de falsos discursos, falsos moralismos, trabalhos que não gostamos, convivências que não estão em sintonia conosco, falsos relacionamentos, enfim, ficar nú. Claro que devemos respeitar as diferenças com educação, mas dentro do seu espaço quem manda é você. Às vezes dói, e como dói. Por isso que eu acho que a coragem é a base, o pontapé inicial, do caminho da felicidade.
Eu adoraria ver na TV, um candidato que dissesse: Eu vou fazer o meu melhor, mas se esse povinho filho da mãe, não ajudar, querendo que tudo caia do Céu, não vai dar.
Ele estaria ficando nú, só com a verdade.
O Serra, por exemplo, ele tem idéias ótimas, acho que vai fazer um grande governo, mas, na hora de falar, ele parece que tem medo de ser mais assertivo. Acho que político pensa que o povo gosta de ser iludido, de que vai ter uma fórmula mágica, que todos vão ter tudo, sem abrir mão de nada. Têm medo de falar a verdade, que o bolsa família não pode ser eterno e ilimitado, que para investir em infraestrutura e ainda baixar impostos, vai ter que ter a iniciativa privada, se quiser fazer melhor ainda, vai ter que mexer na estabilidade do funcionário público, pelo menos os novos. Uma hora ou outra vai ter que mexer na previdência também. Eu lembro que no último debate para presidência, todo mundo tirou o seu da reta.
Esse blog é uma forma de me despir de convenções e tudo, ou quase, que eu penso eu coloco aqui. É um instrumento que me ajuda a ficar mais leve, mais feliz. Bjos.

PS: Beeta, obrigado pelo selo, eu fiquei muito comovido, mas eu sou meio tapado e não consegui colocá-lo em meu blog. Ví o regulamento e confesso que não tenho 10 blogs para indicar. Mas gostei muito, um Beijo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Médicos, Professores, Empresários & Governantes

O que todos esses tipos têm de diferente em relação aos demais pobres mortais?
O Carma, a contabilidade espiritual.
De um modo geral, os bons vão para lugares melhores e os ruins vão para piores, após a morte. Mas, e quando o trabalho permite fazer o bem e/ou o mal para muitas e muitas pessoas? Tudo que é de bom ou mal que se faz também é multiplicado pelo número de pessoas influenciadas por suas decisões. É uma responsabilidade para sí tremenda! Se temos o dom do carisma, o dinheiro como instrumento de nossas vontades, quando chamamos para si a responsabilidade pela educação e saúde de outrem, temos que responder por isso.
É a matemática que rege as nossas vidas, e que muitas vezes é a causa de sofrimentos inexplicáveis e longos. Será que, em Brasília, alguém já pensou nessa possibilidade? E governantes que lançam uma guerra que não é para a defesa de seu povo? Imagine Bush, imagine Hitler e outros, o que não fizeram para si mesmos? Muito pior do que para aqueles que morreram, pois lá terão conforto e compensações, isto e´, desde que não se lancem num desejo de vingança sem fim. Mas para quem causa, isto fica acumulado, e o arrependimento não o exime de muito trabalho e sofrimento regenerador.
O mesmo acontece para os profissionais acima citados que têm o poder que lhes é dado lá de cima, para ajudar a humanidade a evoluir.
Para quem já está sofrendo, nada de desanimar, vamos no pensamento positivo que um dia o mal acaba. Bjos.

Resposta à minha fã #1: Ah....o que seria dos blogueiros sem seus moderadores, né? Gostei, mas em termos. Claro que sou eu que tenho que me acalmar no trânsito, eu não tenho a pretensão, nem a ingenuidade de que esse blog mude a cabeça de muitas pessoas a ponto de que ações coletivas e cooperativas no trânsito o melhore. Então é mais um desabafo. Pessoas de mais idade não vão recuperar seus reflexos, nem deixar de fazer o que têm que fazer, sem outra opção. Mas foi bom eu voltar a este assunto, porque eu tenho uma sugestão: Quando estamos aguardando o sinal abrir, em vez de ficarmos distraídos, somente aguardando o carro da frente sair, por que não tentamos sair quase ao mesmo tempo, diminuindo esta inércia?
Obrigado, você enriquece este blog. Um beijo.

domingo, 30 de maio de 2010

Purgatório à Prestações

Piracicaba qu'eu adoro tanto....
Mas que trânsito! Como tem gente braço curto!
Será que é geral no Brasil? Ou só perdemos para Sampa?
Para quem tem que se deslocar várias vezes nos horários de pico pela cidade, como eu, é como se tivéssemos que pagar pelas nossas faltas todo dia um pouquinho.
Como pessoas com comportamentos tão diferentes podem conviver pacificamente, sendo que a pressa de uns choca com a acomodação de outros, se a habilidade de uns choca com a insegurança de outros, se a imprudência de uns choca com o respeito às leis de trânsito de outros. Todos os dias, toda hora, over and over again.
Eu estou no time dos apressados e stressados. Tenho vontade de encaminhar uma proposta ao Prefeito de que construa um anel viário, não só para ônibus e caminhões, mas para senhoras que dirigem nos picos de movimento como no domingo à tarde, tiozinhos de chapéu que só saem com seus fusquinhas de seus sítios de vez em quando para a cidade. Mães que vão levar seus filhos à escola e param no meio da rua com direito a tchauzinho e repasse das recomendações aos filhos de se comportarem. As escolas seriam transferidas para o anel viário, bem como lojas em liquidação, o torra-torra, aqueles chatos com megafone no centro.
No outro extremo, motoqueiros nos submetem às suas vontades, seja amarrando o trânsito, seja pulando na nossa frente quando abre o sinal, seja cortando entre os carros, quase atropelando pedestres que aproveitaram o espaço que demos de cortesia para atravessar.
Completando tudo, a cereja do bolo, o asfalto. Todo ondulado, esburacado, mesmo quando asfalto novo. Vamos lançar a campanha: Barjas, faça menos, mas mais bem feito! Eu sei que o solo de Piracicaba não é propício para um asfalto lisinho, que dá mais trabalho, tem que assentar melhor. Mas se fizer bem feito é uma vez só, gasta menos em manutenção. Parece que é tudo feito nas coxas, por exemplo, quando a SEMAE esburaca a rua para fazer um reparo, depois fica ou rebaixado, ou elevado ou fraco e logo vem um buraco, não é?
Qual a solução? Acho que é um exame de consciência de cada um para achar o seu "calcanhar de aquiles". Motoristas atentos têm que ter paciência (que tal usar aqueles CDs de relaxamento?), desatentos têm que ver a mudança de sinal, motoqueiros tem que ter bom senso, pessoas que não tem mais condições de dirigir têm que dar o braço a torcer, não importa o que a carteira de motorista diga, para o bem da coletividade. Bjos.
PS: Não me tomem como sexista, gerifóbico, barjasfóbico ou qualquer coisa assim.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Gente Fina

Existe uma geração, que para mim é especial. Seria a que está hoje entre seus 45 e 60 anos. Viveu os anos 60, 70 e 80, pegou a escola que ainda tinha um bom nível, a cultura, conheceu as drogas e (nem toda) saiu ilesa ou quase. As pessoas iam se divertir com o objetivo de realmente se divertir, se tinha briga era coisa de momento, tinha o rock, a disco, a mpb, a boemia, as serenatas, a arte da conquista do sexo oposto. E as pessoas até hoje tem conteúdo. Falam de tudo e de tudo entendem um pouco. Eu participei do final dessa geração. São pessoas imperfeitas, mas tinha arte nesta imperfeição. Pessoas que, quando morrem, Deus coça a cabeça para decidir aonde colocar. Se existem 7 camadas na espiritualidade, talvez dê na 3a ou 4a, sei lá.
Nem tudo foram flores nessa época, mas acho que estamos pagando, vendo que a música agora é ruim, as mulheres estão engordando, a bebida é a mesma, mas o médico não deixa. Trabalha-se mais para ganhar menos, Os neurônios não mais acompanham a informática e eu acho que tudo isso dá a impressão que estamos morrendo aos poucos. Mas o charme decadente... Esse é demais! Não tem conversa de bar mais rica, humor mais sarcástico, lembranças melhores de tempos idos.
Foi uma combinação única de fatores. O florescer de novas idéias, experiências musicais. Exageros foram inevitáveis no mundo que acordava para o social, o sexo livre, a liberação dos costumes, da estrutura rígida que antes engessava o espírito.
Até então, não se podia ser o que se quisesse, tomar banho de chapéu, imitar Carlos Gardel ou esperar Papai Noel (Raul Seixas).
Mas não fizemos tudo que devíamos. Criamos nossas crianças sem limite nenhum, e agora tem cada "capeta"! Não moderamos com aquelas doses a mais de "whisky a go-go" e agora tem cada cirrose! Fumamos demais e agora tem cada enfisema!
Mas o charme decadente...Eu não me troco por nenhum garotão de 20. Bem, talvez o corpo, mas ele não vai querer.
Amigos, foi bonito demais, mas temos que nos adaptar, meus caros dinossauros. Ainda bem que tem viagra. Eu vou escrever uma segunda parte por que eu sei que é um saco texto comprido. Eu mesmo não tenho paciência...É a idade. Bjos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Resposta

Caro anônimo (não sei por que as pessoas se manifestam assim, eu não mordo), você tá certo!
Eu acho complicado quem fala em nome de Deus e eu fui taxativo. Eu não tenho esse direito. Cada um tem a sua fé e devemos respeitar. São apenas idéias minhas para refletir.
Obrigado.

domingo, 16 de maio de 2010

Deus Não É Clientelista

Uma vez vi por acaso, na internet, uma foto de telescópio de uma galáxia, era lindíssima, fiquei apaixonado por aquela profusão de estrelas se formando e outras morrendo, as cores indicando suas idades, buracos negros, um espetáculo.
É lógico pensar que Deus, maestro disso tudo, que produz e extingue milhares de espécies de vida na Terra, numa evolução contínua, (veja o nível de inteligência e o tamanho das crianças de hoje em dia) que Ele possa ajudar o Corinthians ou Palmeiras? O filho de fulano num teste de vestibular? O peão de boiadeiro de uma chifrada mortal? Se Ele gostasse mais dos cristãos que dos muçulmanos a história das cruzadas seria diferente. E se fosse o contrário, o mundo cristão não seria tantas vezes mais rico que o muçulmano. Ele não é evangélico, espírita, católico ou da umbanda. Não tem time, cor, nacionalidade, então prá algumas causas não adianta rezar, é até tomar o Seu santo nome em vão.
Não tem nada que não tenha uma causa e um propósito no Plano Maior, nada é atendido sem uma mudança de atitude, de um pensamento viciado, negativo. Não importa se é uma oração curta ou uma novena, se é baixinho ou gritado num aparelho dolby surround. Pior quando é promessa com jeito de chantagem: - Se o Senhor me escutar eu vou doar tanto para a Igreja ou vou parar de fumar. Pior ainda é quando esta idéia é sugestionada por líderes religiosos.
Parece que quanto mais crescemos, menos Deus interfere nos nossos destinos, cada vez mais somos responsáveis pelas nossas escolhas e estamos sendo "desmamados".
Agora isso é porque eu acredito: Orar é prá pedir paciencia, para aceitar o que não pode ser mudado, coragem para mudar o que posso e sabedoria para saber a diferença (é uma oração, mas eu não sei exatamente como é).
Um beijo e fiquem com Ele.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O Poder

Ah, o poder...
Roupa de grife, perfume importado, acessor pra tudo, carro a disposição.
Ah, o poder...
Viagens a "trabalho", fotografia no jornal, presentes e descontos.
Ah, o poder...
Discutir de igual pra igual com um empresário cujo saldo médio pode ser centenas de vezes maior que o seu, ser paparicado e até ser temido por ele.
Ser convidado para festas, mulheres dando em cima, decidir com uma canetada se milhares de pessoas vão receber água ou esgoto antes de outras milhares de pessoas. Se uma multinacional vai se instalar ou não aqui, alí ou acolá. Ser bem tratado em qualquer lugar, pessoas humildes lhe beijando a mão. Decidir se o dinheiro vai ser gasto com um hospital, creche ou escola, decidir se a natureza vai ou não morrer alí. Seria a reencarnação dos césares decidindo a vida dos cristãos com o polegar?
Eu estou falando de um político...honesto.
Nada disto é crime ou passível de alguma punição.
O poder é muito sedutor, uma festa dos sentidos, por mais que o outro lado, o de ser culpado na hora da crise por tudo e de falarem mal de você por trás, tente estragar.
O problema é que sempre (ou quase) tem um joio no trigal do partido e ele contagia. Pense, se tá tão bom assim, eu vou bater de frente com aquele correligionário safado? Depois a maracutaia começa a se espalhar primeiro naqueles que têm uma blindagem menor contra a corrupção. Sendo nível 10 aqueles incorruptíveis, 9 - aqueles que roubariam num caso de doença extrema na família, 8 - dívidas com a faculdade do filho, 7 - o desejo de dar uma vida melhor para os seus e assim vai até 1 ou 2 - aqueles que vão na onda, podem até ser menos vorazes, cobrar uma comissão menor ou até fazer alguma coisa boa para contrabalançar e aliviar a consciência.
Muitos políticos param suas atividades anteriores, quando eleitos e ficam preocupados se o mercado vai aceitá-los de volta quando o mandato terminar, então a maracutaia ficaria como uma espécie de poupança pro futuro.
As pessoas de bem também pecam por omissão, não querem sair da "zona de conforto", preferem trabalhar com entidades sem a pecha de político corrupto, ainda mais que não temos o cuidado de checar se toda a informação sobre o político é correta, então o medo de ser mal interpretado nas suas ações e até mesmo que a tentação do poder seja mais forte que suas convicções. Então talvez a maioria seja mesmo desonesta, simplesmente vencem por "WO", por falta de adversário.
Eu gostaria de ser político, mas existe um partido que seja um reduto só de pessoas incorruptíveis? Que não aceite pessoas com problemas na justiça e que não se coligue com partidos que tenham políticos com "ficha suja"? Todo partido pequeno logo se coliga com o partido do governo por uma questão de sobrevivência. Então tem jeito?
Olha, se você me provar que existe uma alternativa assim, que não seja radical, eu posso até me filiar. Ou então vamos formar um partido, não vai nem eleger síndico de prédio. Uma sugestão: PDQ - Partido Don Quixote.
PS - Atenção para a cilada: Seja Dilma, seja Serra ou qualquer outro, esperto mesmo é o PMDB e outros que seguem a cartilha de esperar quem assuma e logo formarem a base em nome da "governabilidade". Bjos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mãe

Se mulher já é difícil de entender, a mãe é a sua versão em hieroglifos. A mulher, quando quer ser mãe, já assina um contrato de sofrimento por anos e anos, porque, no mínimo a criança vai ficar doente, vai ter problemas na escola, vai ter a rebeldia natural do adolescente, vai ter más companhias (o filho dela nunca é a má companhia), vai ter contato com drogas, pular de paraquedas, vai arranjar um(a) namorado(a) que ela vai se antipatizar. A mãe vai sofrer a ingratidão, o conflito de gerações, os valores que mudam a todo instante, etc. Que amor íncondicional é este, a ponto de esconder a droga do filho em casa, de visita-lo na cadeia seja qual for o crime cometido, de passar meses ou anos ao lado do filho na UTI, de cuidar do altista, do deficiente mental, de ouvir o filho policial contar suas aventuras e desventuras quotidianas?
Nada me tira da cabeça que a mãe projeta parte de si nos filhos, quando vai bem é uma vitória pessoal, é o resultado daquilo que saiu de seu útero, de muitas noites mal dormidas, de muito leite de seu peito, uma extensão de si.
Quando vai mal, é falha sua, é a sensação de que poderia fazer melhor, enfim, um caminhão de culpa nas costas.
Toda mãe deveria ser espírita, na doutrina você tem até 50% de desconto (não, não é liquidação) tanto no sucesso quanto na culpa, porque a educação na família é muito importante, mas parcial, depende do nível de evolução daquela alma, se for pequeno, não há resultado perfeito e se for alto, existe muito o mérito próprio e não só a parte dela (e do pai). Mas isto é racional, e o racional não floresce muito neste meio de cultura. Ainda somos animais, e protegemos nossa prole. A mãe tem o sono mais leve, herança do tempo das cavernas para ouvir possíveis predadores rondando. Protegiam seus filhos com o próprio corpo. Isso não se apaga facilmente.
Quando a gente tenta aconselhar a mãe que sofre, de que a responsabilidade não é mais sua quando seu pimpolho, que na verdade já é um marmanjo barbado, escolheu aquele caminho que não é aquele que ela queria (não estou falando só de bandidagem, mas de tudo, até daquela nora que briga com ela) de nada ou pouco adianta. É chorar e rezar, chorar e rezar repetidamente. E vai pegando na coluna, no estômago, no coração (sempre apertado). Esse cordão umbilical é feito de tungstênio, o metal mais duro que existe. Estou falando no geral, nem toda mãe é assim e, é claro, existe o oposto, o descaso total e, raro, o meio termo. Mas mãe virou uma instituição imutável, no famoso clichê: Mãe é mãe. E já existia e vai existir para sempre ou até que a engenharia genética prove o contrário. (Espero que não, por bem ou por mal acho que prefiro ter uma mãe de verdade, com suas virtudes e defeitos.)
Que será que Deus queria quando inventou a mãe: Se é instinto materno, natural, por que o corpo tem que sofrer tanto? É possível um modelo mais equilibrado no futuro? Bjos.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Preconceito 2

Fiquei pensando....Acho que não me exprimi corretamente nos últimos posts e pretendo esgotar esse assunto agora.
Eu não tenho preconceito nenhum, no sentido de antipatia a qualquer minoria. Bem, talvez pelos motoboys que, se tivesse um jeito dele passar pelo seu fiofó para cortar caminho no trânsito, pode ter certeza, ele o faria. Um dos meus melhores amigos é homossexual, uma pessoa maravilhosa. Trato de todos os tipos de gente, raça, cor, religião, como profissionais do sexo, travestis, viciados, detentos e todo tipo da fauna urbana no meu ambulatório de dst e são pessoas normais, cada um com sua dor e delícia de ser o que é. Só fico pistola com uma grande amiga minha quando discutimos a fé e falo que tenho simpatia pelo espiritismo e ela só não me excomunga porque é evangélica extremista e esse negócio de excomunhão é coisa de católico extremista. É preconceito.
Mas confesso que não gosto de militantes de qualquer bandeira. Tem gente legal, mas resvalam frequentemente pro exagero. Geralmente são pessoas que vivem com a sensação de estarem sendo discriminados. Na minha opinião, se você foi discriminado, tem mais é que denunciar, processar, exercer seus direitos, mas pontualmente, conforme a necessidade e tocar a sua vida na leveza, na serenidade. Sou contra ter dias disso ou daquilo para "lembrar a luta daquela categoria pelos direitos iguais". É bobagem, depois da constituição garantir direitos iguais, acabou.
Mas isso é sentimento meu, cada um faz e vive o que quer na cabeça. Eu que me lixe e, se incomodado que me retire. Sou contra sistema de quotas, a não ser que você não teve oportunidade igual ao rico de se preparar. Mesmo assim, só no futuro saberemos se estamos formando bons profissionais assim. Sou contra o SUS pagar pela cirurgia de mudança de sexo. Mal dá para as doenças, e homossexualismo não é doença.
Tenho menos simpatia ainda pelos artistas que ganham fortuna com grupos que tem títulos como "Só Branco Sem Preconceito", "100% Brancão", "Nossa Cor Azul Marinho" (do Avatar).
Quem nasceu pobre, aquele que sofre deficiência física ou mental, qualquer minoria que sofre algum tipo de discriminação, tem todo direito a uma vida digna, de progredir em condições de igualdade, mas tem que cogitar que isto pode ser cármico, vai ter mais dificuldades, mas aqueles que conseguem prosperar na adversidade também tem mais valor. E é sinal de grandeza respeitar o ambiente que se encontra. Quer usar peruca loira, tudo bem, mas no velório da vó...

sábado, 1 de maio de 2010

Confrontos

Eu conheci há alguns anos, um senhor adorável chamado Oswaldo Cobra. Tinha a paz e a aura divina ao seu redor. Era alegre e empreendedor, ativo até quanto seu corpo o permitia. Ele me disse um dia - Quando você for para uma discussão vá preparado para perder. Porque se o argumento da outra pessoa for melhor que o seu, você ganha em sabedoria, se não for, simplesmente ignore.
Somando isso à frase de Chico Xavier que é melhor ser gentil que estar certo, procuro sempre conciliar na minha mente tudo que vem, em termos de crítica e sou o primeiro a admitir excessos, falhas e distorções.
Mas coisas destrutivas, agressivas, retóricas e superficiais, embora sinta um quê de chateação, logo passa e só posso agradecer à pessoa por me inspirar a mais um post que eu acho importante.
Todo povo tem, no geral, pontos fortes e fracos, coletivamente falando. Japoneses são trabalhadores, mas competitivos até a sensação de desonra e com tendências suicidas, por exemplo. Mas quero falar dos americanos, somos influenciados por muitos filmes em que existe muita discussão em que o importante é ganhar no grito ou devolvendo a bola e nenhuma das partes ganha ou, no fundo, muda alguma coisa. Quem ganha fica com a sensação falsa de que realmente ganhou alguma coisa, no máximo deu uma massageadinha no ego. É uma pena que um povo tão ordeiro, que prima pela liberdade e fazem primeiro pela sua pátria em vez de pensar que o governo tem que fazer pelo povo primeiro, como o brasileiro, tenha essa mesquinharia arraigada.
Algumas vezes, quando eu vejo os comentários no Terra, quando o assunto é aberto a discussões, um desrespeito total a opinião alheia e parte-se para agressão pessoal, para a vulgaridade e críticas sem embasamento lógico. Não sei qual é a diversão nisso, mas não é algo construtivo. Somos bons imitadores naquilo que não presta. É mais um indício que a humanidade está contaminada por uma competitividade predatória e sem amor. Bjos

terça-feira, 27 de abril de 2010

Totalsex

Introdução (no bom sentido): Esta introdução é importante porque o início é meio "disgusting", meio nojento, mas no final tem uma mensagem. É chocando que a humanidade evolui.

Acordei um dia meio sonhando que eu estava participando de uma platéia cujo palestrante era gay e defendia os direitos dos homossexuais à uma união estável. Eu, como simpatizante da causa, apoiava, mas o meu espírito de porco, aquela área do cérebro que adora ver o circo pegar fogo, me cutucou e eu não aguentei e perguntei: Caro Sr. Fulano, eu concordo com você, mas também não haveria de ter uma lei que garantisse os direitos dos necrófilos a uma relação, claro que não seria uma união estável, porque o corpo não aguenta mais que 3 dias, mas pelo menos deles "passearem" pelo necrotério de vez em quando? Aí meu espírito de porco viu que eu baixei a guarda e logo emendou: E os zoófilos, será que a Sociedade Protetora dos Animais não tem que propor leis sobre quais animais sofrem menos com as investidas humanas? No mínimo levaria mais meia hora para colocar a reunião nos trilhos novamente.
Você pode me perguntar o que eu acho, mas não acho nada. Procuro não julgar ninguém, apenas constato que a moralidade no quesito sexual está em constante mudança, mais rápido que a sucessão de gerações. Se a pergunta que, em tese, eu fiz naquela assembléia virtual chocou a comunidade gay, é porque mesmo as minorias têm seus limites de aceitação.
Eu acho que a mente é um elástico, quando estamos no nosso meio, ela está em estado de relaxamento. Por exemplo: um heterossexual em seu meio tá sossegado. Conversando sobre gays estica um pouco, conversando com um gay, mais um pouco, em um ambiente gay já tá bastante esticado, vendo uma cena entre dois homens já pode estourar.
Nos dias de hoje, nós temos que lacear o nosso elástico da tolerância (no bom senti do sempre, páre de pensar besteira!). Senão estamos perdidos, arriscados a receber intimações para prestar depoimentos e tudo mais, mas isso não é rápido. Então cabe a quem está do outro lado compreender que aquele "não-sei-oque-fóbico" pode ainda não estar treinado para tolerar aquilo.
Uma pergunta: o que fazer, numa sociedade civilizada, com aqueles cujo comportamento sexual é totalmente inaceitável para os seus padrões? Pessoas que são amadas por um único tipo de gente, os donos de jornais sensacionalistas.
Bjos e me perdoem pela minha mente fértil demais.

domingo, 25 de abril de 2010

Contabillidade

Quando você comete um erro com prejuízo de alguém, você prefere:
a) Pagar um preço pequeno.
b) Não pagar nada e torcer para que ninguém descubra ou prove.
c) Um preço justo, no tamanho do seu erro.
d) Um preço maior que aquele que vc merece.
A vida, às vezes, permite que você faça isso, escolha, mas, se você acredita num Deus justo, então no pós-vida, está com saldo credor ou devedor ou zerado, né?
Cara Âme Passionée (acho que vc é a única que me lê, pelo menos, é a que mais se manifesta, quando vier ao Brasil, me ligue), qualquer erro médico, que não foi o que aconteceu naquela noite, tem quatro faces.
1o) Do paciente. Ele pode ter vivido bem e Deus permitiu morrer antes que a velhice e todo seu lento sofrimento viesse e ele ficar feliz. Ou ele pode ficar revoltado por morrer tão cedo e abandonar seus entes queridos. Pode morrer velho com 10 anos de derrame cerebral vegetando numa cama. Pode não ter escapado propositalmente de uma ressucitação cárdio pulmonar, porque a maioria que sobrevive fica sequelada mentalmente depois de trazida de volta à vida. Tudo depende da ótica individual. Pode ser que o tempo dele tenha terminado, ele pode estar sendo abençoado ou castigado, quem sabe?
2o) Do médico. O médico pode estar despreparado, por (má) vontade própria, ou por força das cicunstâncias de ter que trabalhar precocemente para sustentar uma família, sem ter feito uma residência. Pode ter atrasado no atendimento por preguiça, pode ter tido um contratempo e não ter chego na hora que foi chamado. Ele pode maquiar os fatos? Claro. Só que a contabilidade dele...Vai sofrer uns bons decréscimos. Pode ser punido? Claro. Só que não de forma "passionée". Se ele errou, pode ser que tenha sido bom para outros. Uma punição que o impeça de exercer a medicina pode ser mais nociva que recuperativa. Aliás, essa é a grande dúvida da humanidade, punir com tudo possível que possa acabar com a pessoa ou recuperar.
Talvez a vida não queira que ele chegue em débito no pós morte e ele sofra uma perda familiar evitável, quem sabe?
3o) Da família. Talvez o maior carma seja da família, os que mais sofrem. As nossas gerações não estão preparadas para aceitar a morte. Mas passa, pelo menos para as pessoas saudáveis depois do "luto natural". Já as depressivas, encontram a vazão necessária para anos e anos de sofrimento, uma pena mesmo. Será que eles tinham que passar por isso, quem sabe?
4o Do Plano Maior. Da Vontade Divina. Esta segue inexorável, quer a gente esperneie ou não, quer a gente aceite ou não. Quer mortes no atacado ou no varejo. De gente boa ou ruim. Porque aqui é passagem, escola, estágio tempo integral.
E daqui nós carregamos nossa contabilidade. Para mim existem duas. Uma que está ligada a ação e reação. O que você planta, você colhe. E a outra é o que a gente cresce, nesse caso, não importa o que a gente sofra, nós não queremos vingança, quando crescemos estamos na paz de Deus, e algumas coisas podem nos abalar, mas ela logo volta e, afinal, somos felizes com o que temos.
Cara Âme, entrei no seu blog e ele é muito mais bonito que o meu, eu gostei, porque eu não tenho só meu lado "frozen", mas cuidado, porque pessoas passionais com raiva são como capitalistas selvagens, não basta vencer o inimigo, é preciso que ele se ferre completamente e aí, volta pra você. Au revoir.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O Médico e a Morte

Recentemente eu estava de plantão e, lá pela madrugada houve uma parada cardíaca de um paciente internado. Fui chamado e era uma pessoa relativamente jovem, portadora de uma doença grave, mas não de imediato fatal. Teve uma complicação e parou de respirar. Ao chegar lá fizemos os procedimentos de praxe mas não adiantou e ela faleceu. Eu era a pessoa que tinha que comunicar a família do óbito. Este é o momento mais espinhoso da minha profissão. Prefiro falar de uma vez prá acabar logo com isso.
Às vezes eu me pergunto qual é o real papel do médico nos desígnios divinos. Se Deus atendesse todos os pedidos de evitar a morte, seríamos uma legião imensa de zumbis, vivendo sem sentido.
Para se trabalhar com medicina e espiritualidade é preciso ter em mente alguns conceitos. Primeiro de que a morte e o sofrimento são absolutamente indispensáveis ao crescimento do espírito. Mudam-se os valores, acertam-se dívidas, renova-se o ser humano. Segundo, que ao médico não cabe julgar se tal pessoa merece morrer ou sofrer. Ele é um instrumento, vamos dizer, do destino. Se este indivíduo chegou até ele, tem-se que fazer de tudo para evitar ou minorar seu sofrimento. Acho que Deus usa o "mal médico" também para fazer o contrário, claro que ele também vai sofrer consequências, mas, nunca devemos pensar que a pessoa que sofreu uma negligência, omissão ou imperícia seja uma pessoa ruim, pois, mais uma vez repito que a morte não é necessariamente um mal.
Mas existem situações que realmente fica difícil assumir uma postura. Por exemplo: uma pessoa em morte cerebral, ou câncer terminal, sofre uma parada cardíaca, você vai reanimar? Provavelmente não. Quantas vezes prolongamos o sofrimento de uma pessoa que perdeu toda a sua família e ficou só, que tem doenças graves mas controláveis. Isto sim, é difícil. Mas, se chegou em nossas mãos, vamos cumprir a cartilha. No fim, não deixa de ser um trabalho fascinante. As rosas superam os espinhos.
Para concluir, para aqueles que se consideram vítimas de um mal atendimento médico, gostaria de dizer que vocês têm todo o direito de processar o médico ou a instituição que lhes atendeu, pode até ser salutar para aqueles que necessitam de correção, mas não se esqueçam que tudo é parte de um Destino Maior e que somos co-responsáveis por tudo que nos acontece. Esse sentimento tem que ser cultivado com afinco para dissolver as mágoas e rancores. Bjos.

domingo, 18 de abril de 2010

Obrigado

Obrigado, muito obrigado ao leitor que postou o comentário sobre o anônimo. Foi magnífico.Eu não poderia deixar de agradecer. Assim como a gente desperdiça nosso tempo e principalmente energia com pre-ocupação (nem sabemos se vai acontecer alguma tragédia, mas já nos ocupamos dela), pre-conceito (geralmente as pessoas são diferentes do que imaginamos, prá melhor ou pior). Tudo energia e rugas inúteis. Até!

sábado, 17 de abril de 2010

Sexualidade e Afetividade

Ontem eu tomei um porre. Fui numa formatura e, acho que devido ao stress da semana, sei lá, perdi o meu limite de segurança. Tava muito divertido, mas, mesmo naquela condição, minha cabeça não parou de trabalhar. Ela não me dá férias, sábado e domingo. Acho que vou dar parte dela por trabalho escravo.
Uma vez me disseram que existem 7 sexos. O heterossexual, o heterossexual com alguma tendência homossexual, o bissexual, o bissexual com preferência heterossexual, o bissexual com preferência homossexual, o homossexual e o homossexual com alguma tendência homossexual.
Ontem no baile, eu percebi que a coisa é ainda mais complexa. A afetividade corre paralela e independente. Pessoas tendem a ser muito "homoafetivas". Gente, principalmente de fogo, solta a franga. Homens e mulheres se abraçam, formam-se clubes do bolinha e da luluzinha com facilidade. Parece que o relacionamento homem-mulher é apenas sexual. O gostoso mesmo é sentar com os amigos(as) e rir até. Na verdade é amizade e amizade tem afeto e pessoas do mesmo sexo têm muito mais pontos em comum do que o contrário.
Isso tudo não tem nada de mais, assim como a sexualidade de cada um só interessa a própria pessoa. Eu só tô falando isso porque é importante o autoconhecimento e o conhecimento do seu parceiro tanto na sexualidade como na afetividade e saber se isso é aceitável para você no relacionamento. Mulheres reclamam com frequência que foram substituidas pelo futebol com os amigos e que eles discutem seus problemas com mais facilidade com o zagueiro do time. Bem que elas poderiam bater uma "pelada" (no bom sentido, mas no mal sentido... deixa prá lá, né). Esporte coletivo é uma puxa terapia. Você xinga o outro quando precisa e acabou. Descarrega a energia, melhora o relacionamento social e explida a "homoafetividade" maior entre homens que entre mulheres.
Sei que minha amiga Célia que segue meu blog poderia escrever sobre isso e me por no chinelo. Estou ao seu dispor. Bjos a todos.

domingo, 11 de abril de 2010

Resposta ao anônimo

Caro amigo, não há necessidade de se apresentar assim. O acidente que aconteceu com o Sr. José foi uma fatalidade. Eu até, no início me senti culpado. Aquela culpa irracional que sentimos, quando participamos de uma tragédia. Será que eu poderia ter evitado? Essa dúvida me martelou a cabeça por muito tempo. Queria saber como a pessoa que sobreviveu estava. Mas, como eu falei no texto sobre Isabella, o emocional toma conta da cabeça das pessoas muito mais rápido que a razão, e eu tive medo de um julgamento precipitado pela família. Consolava-me a idéia de que ele teve assistência médica necessária. Alguns dias depois, a família me ligou perguntando sobre mim e as pessoas que estavam comigo. E que compreendiam que não houve uma condição de negligência de minha parte. Disse também que o sobrinho que acompanhava o Seu José estava no hospital em estado grave, mas com condições de sobreviver. Fiquei muito feliz, por saber que se tratava de uma família de bem, que não se levava pela emoção, exatamente o que eu escrevi. Pode ser que eu esteja errado. Que eu deveria ligar, mesmo com o risco de ser mal julgado. Obrigado por você me corrigir. Quero dizer que rezei muito pela alma do Seu José e pela recuperação do seu sobrinho. Se há algo de concreto que eu possa fazer pelo acidentado, entre em contato comigo.
Um abraço fraterno.

POUSO ALEGRE

Caríssimos amigos, com quem eu tive a honra de conviver por 6 dos melhores anos de minha vida. Hoje, o Camilo me fez ir às lágrimas com sua carta.
Desde aqueles primeiros dias de convivência nossa, eu já me sentia que estava em casa.
Estávamos todos na mesma condição. Nossos pais se viravam no avesso para pagar a faculdade, vivíamos com o orçamento apertado, começando a descobrir o mundo, mundo que eu acho que quase não existe mais.
Eu tinha problemas de convivência em casa e também pra voltar, eram 6 horas de ônibus, então eu raramente viajava. Vocês passaram a ser a minha família.
Prá ser sincero, quando vi a faculdade pela primeira vez, foi uma decepção. Era um pombal no fim do mundo. Sonhava com uma UNICAMP, São Paulo ou Santos. Mas fiquei. Com o tempo percebi que foi a decisão mais acertada.
Aqueles anos, principalmente os primeiros foram de um êxtase contínuo.
Hoje, procuro não forçar a memória, com medo de provocar uma dependência de saudosismo incurável.
Minha república era minha casa, meus companheiros, meus irmãos, o Wilson, às vezes era meu pai, a minha classe eram meus primos, a família estava completa.
Engraçada a combinação de juventude, liberdade e falta de dinheiro faz com a gente.Tudo fica poético, romântico.
Eu tenho alguns itens para acrescentar na lista do Camilo além do DA e do Risca Faca:
- Festa junina na república da Glorinha.
- Bar do Chico
- Vinho Marcon suave, de garrafão
- Ressaca f.d.p. depois do vinho Marcon suave de garrafão.
- Baile do bixo com toda gaviãozada em cima das bixas (mulheres) novas.
- Frango assado e cerveja mais barata do lado do Mercadão.
- O Álvaro, último de nós a dormir, com seu violão tocando pros gatos pingados quase dormindo.
- Festa do ECEM que, sem querer, virou evento municipal.
- Festa no Pântano dos Rosa. (não tem acento, mas o Office não entende) que a gente ia de bicão
- Festas que a gente ia de bicão, inclusive da filha do prefeito, com direito a baixaria.
- A Márcia que vomitou vinho no meu banheiro, apagou e depois achou que era sangue.
Enfim, se eu forçar mais a memória, a lista não tem fim.
Bem, o Lee, como o Camilo falou, foi mais cedo. Mas, se é verdade que as almas se agrupam depois, por afinidade, pode ser que estamos predestinados a fazermos novas repúblicas no céu, só que sem vinho Marcon de garrafão, porque então estaremos no inferno ou próximo dele.

Beijos a todos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Isabella Nardoni

Eu esperei, propositalmente, passar a grande comoção popular para escrever, e lamentar como as pessoas se encheram de ódio com o caso e agravado com o martelar constante da imprensa e com resultantes de aumento nas pressões dos hipertensos, na glicemia dos diabéticos, nas dores dos reumáticos e assim por diante. Em tempo, a condenação foi justa? Foi, se considerarmos o aspecto da resposta da justiça à sociedade. Se é cristão? Bem, todo a estrutura do sistema penal no Brasil e quase em todo o mundo não o é, porque não promove a recuperação do ser humano, portanto, não corta a roda viva do mal. Uma vez eu falei que indivíduos psicopatas, são um caso a parte, porque não têm respostas aos métodos conhecidos na ciência mental atual. É o caso? Não sei. O enfoque foi tanto na barbárie que nem se cogitou em uma análise mais racional. Pelo menos eu não vi. Mas estamos longe disso, não é? O casal vai conviver com outros presos, serão acrescentados ao submundo das cadeias com regras próprias e, daqui um tempo o mundo volta ao normal até que uma nova tragédia ocorra para saciar a nossa sede de sangue e novamente perguntarmos: porque o mundo é assim? Demorei um pouco para escrever também, porque uma pergunta me martelava: eu seria tão condescendente se fosse com o meu filho? Um dia eu acordei e acho que Deus me deu a resposta. Depende. Existe o animal dentro de mim e se eu pegasse um sujeito fazendo mal, colocando a vida do meu filho em risco, provavelmente partiria para cima com intenção de matar, se tivesse tempo para pensar, talvez não. Mas não fazemos parte deste drama e temos condições de não sermos cúmplices deste linchamento mental. A recuperação do ser humano deveria ser alvo do governo, não a ponto da ingenuidade, de ficarmos sujeitos às espertezas dos advogados, mas algo realmente movido pelas leis do Amor com auxílio da ciência. Bjos.

Pedofilia e Celibato

Desculpem, meus amigos, mas eu não vejo solução para esse problema na Igreja. Não nessa estrutura. Vamos pensar: pessoas com desvio, tipo pedofilia, em que se tem um objeto de desejo totalmente inaceitável socialmente e altamete nocivo para um ser humano em formação, carrega uma culpa do tamanho de um elefante nas costas. Então entrar para uma instituição religiosa é uma fuga e não uma espiritualidade que brota genuina. Uma terapia de choque. Só que é mais uma peça que o subconsciente brota no masoquismo da pessoa. Vai para uma instituição que homens convivem com homens, muitas vezes mais novos, e a tortura é diária. Uma vez, Nely, minha eterna psicóloga, me disse que a culpa dispara a compulsão, num círculo vicioso. Então é natural que o desejo rompa a barreira do controle imposto e estas coisas aconteçam. Como fazer terapia num lugar em que não há concessões para a sexualidade? Pode-se usar medicamentos, mas eu sou cético de que eles podem curar a alma. Mesmo assim é válido para reduzir os danos a terceiros. Desistir, estas pessoas não vão, porque, mesmo abandonando a carreira, eles continuarão se sentindo culpados. É diferente do heterossexual que pode continuar com uma vida conjugal e trabalhos comunitários. Na verdade, todos somos causadores e vítimas do nosso tempo. Até 2 gerações atrás, a repressão era grande. A sexualidade, numa criança reprimida, se dá junto com o prazer do proibido. Depois veio a geração do contrário, da falta de limites, ou seja, quase todos nós temos problemas, mas com alguma lucidez de que, daqui por diante, temos que achar a dose certa, a medida da educação ideal. Então, no futuro, uma geração mais saudável, em que a espiritualidade ocorre naturalmente, será predominante e consequentemente, a sexualidade será livre de aberrações. Seremos todos peças de museu, fósseis de uma evolução que não pára. Como o que está feito está feito, vamos parar de nos chocar com estas coisas e ter fé que, com a nossa participação, como pais, tudo irá mudar. Bjos.

domingo, 28 de março de 2010

Será que vai passar?

Quase todos os dias que eu leio a Folha de São Paulo, tem uma frase infeliz do nosso Lula. Imagino-me morrendo de vergonha quando eu for pro exterior. Imagino-me tendo que pedir desculpa, que não são os brasileiros que pensam que preso político em Cuba é igual a bandido no Brasil, que não somos ingênuos a ponto de dar carta branca ao Irã levar seu programa nuclear a diante e que também não ignoramos que os direitos humanos não são respeitados por lá. Não, não acreditamos que Hugo Chaves é democrata. Imagino o tempo que eu iria perder tendo que dar explicações que focinho de porco não é tomada. Será que Dilma é igual? Pesquisei Marina, mas tá muito crú. Serra a gente já sabe é mais ou menos. Tem boas intenções, mas é um político à velha moda. Aquilo que eu já falei, não valoriza seu plantel de funcionários e tá tomando um castigo com a manifestação dos professores, assim como Barjas, que tá tomando o seu por falta de médicos em Piracicaba (mas eu gosto dele). Acho que é porque ele paga "muito bem". Mas, amigo, não é possível aguentar mais 4 anos deste neo-coronelismo. Lula, com seu cacife de 75% de aprovação popular, fala o que quer. Ele se dá o direito de não pensar que, depois para desmentir, dá um trabalhão. Parece que tá no bar discutindo política, depois de umas e outras. Na minha concepção, não há partido político ideal, talvez o PV vá mais de encontro ao que eu considero ética social. Se eu puder dar um conselho, eu digo, vote em quem você quiser, menos na Dilma no 1o turno e naquele que for para o 2o turno contra ela. Porque, pelo menos os pecados dos outros são mais discretos e não fazem parte da máquina administrativa. Bjos

Profissionais Autônomos e Sun Tzu

Sigam meu raciocínio. Você encomenda um serviço, paga uma parte adiantado pros materiais. Ele pega o seu dinheiro, você não sabe onde ele mora e nem tem um endereço comercial. A tentação é grande. Tem um serviço maior para fazer, onde ele pode ganhar mais. Você não assinou nenhum contrato. Desculpe amigo, mas as chances de vc "sifú"* é grande. Acho que, no Sermão da Montanha, não tinha nada escrito que os bobos entrariam no céu. Então eu, que já faço parte deste grupo por minha natureza, percebi que isto é consequencia da nossa própria preguiça de fazer tudo do jeito certo, mais trabalhoso. Segundo Sun Tzu, na Arte da Guerra, você só tem chance de derrotar seu inimigo conhecendo-o, sabendo seu modo de pensar e adiantando seus passos. O carpinteiro, pedreiro, encanador, eletricista, engenheiro (médico não, por que não tem chance de fazer isto, mas é da natureza humana) tem um campo aberto para que seu diabinho interior fique tentando e é, portanto, seu potencial inimigo, melhor dizer, adversário.
Confesso que baseei este seguinte esquema de uma inspiração matinal e ainda não testei, mas, pela lógica, acho que nossas chances aumentam se formos estrategistas:
- Procure indicações de amigos, se não for possível, em meios de comunicação oficiais, tipo jornal ou revista.
- Vá na casa do fulano, conheça a família, tome um cafezinho e comente, como quem não quer nada: -Eu venho sempre por aqui bater um papo com o Dr. delegado no DP próximo, que é meu amigo.
- Faça um contrato estipulando prazo, qualidade do material utilizado, assunção pelo executante por eventuais acidentes de trabalho e materiais desaparecidos (a makita, seja lá o que for isso, é o equipamento preferido dos pedreiros para desaparecer) e multa ou desconto no pagamento por atraso. Peça pro amigo advogado um modelo de contrato.
- Não insista num orçamento muito barato, mas procure não pagar nada adiantado. De preferência, você mesmo compre o material, a internet tá aí pra isso mesmo.
- Peça referências e cheque.
- Peça nota fiscal. Eu sei que o Leão é inimigo de todos, mas ajuda.
- Finalmente prometa um bônus se o serviço sair satisfatório e no prazo estipulado. E cumpra, lógico. Diga que você vai recomenda-lo a todos os seus amigos.
Isto não é garantia de sair no combinado, afinal, a sacanagem humana não tem limites e a lei é uma tartaruga com reumatismo.
Agradeço novas idéias a respeito. Bjos

* Palavrão, no texto, é tempero, estilo literário, empatia com o máximo de leitores, aprecie com moderação.

PS: Não se esqueçam de tomar a vacina anti-CIN (anti-Caso Isabela Nardoni)para não deixar as energias negativas entrarem.

domingo, 21 de março de 2010

Eu e o Vício

Tudo no cérebro é difícil. Na evolução do Homem, sendo a mente um reflexo do espírito, vamos nos arraigando em convicções, revoltas, virtudes e defeitos. E como é difícil mudar! A solidez do nosso pensamento é tanta que pessoas passam a vida inteira tentando e não conseguem. É como fazer uma reforma da casa começando pelos alicerces. Por isso eu vou começar a estudar mais a neurolinguística. A evolução da psicologia.
Eu tenho um perfil de adicto. Não é nada tão daninho quanto cocaina, crack ou heroína. Mas eu não posso ver sudoku, paciência spider, zuma e outros jogos que me testem o raciocínio ou os reflexos que eu perco o controle do tempo, o domínio sobre mim mesmo. No fundo é a mesma coisa, talvez melhorada. Talvez eu fosse mais autodestrutivo em encarnações passadas.
Então eu consigo saber o que se passa na cabeça de um viciado, de um compulsivo. É como um estado de infelicidade ou "sub-felicidade" crônica. Que caminha em ciclos de euforia e depressão por culpa. Mecanismos disparam quando há perda ou ansiedade e, se você teve uma infância complicada, então, é pior. E corre pro vício. O adicto tem que ocupar sua mente com coisas construtivas, que melhorem sua auto-estima, como escrever um blog, por exemplo. Mas ele tem que vencer um muro de concreto todos os dias para condicionar sua mente a entrar nesta esfera de pensamento positivo. Quando eu me pego jogando, eu me xingo por um bom tempo depois, aí passa um tempo, a idéia de jogar já não me parece tão ruim e se repete todo o ciclo. Será que quando morremos o umbral, ou purgatório, se preferirem, tem um banho de creolina, como dizia minha avó, que tire o grosso deste desvio? Eu não acredito que Deus faça nada por completo que não exija uma parte do nosso esforço, mas, se já é difícil para mim, imagino como o é para alguém que passe mal, até fisicamente, quando fica sem sua droga. É um trabalho de Hércules. Então me emociono até às lágrimas, quando alguém consegue superar seu vício, aflora o seu lado maravilhoso, que no fundo, o adicto é. Bem, eu não sei quanto àqueles que matam para manter a droga, acho que estes não, ainda não evoluiram no amor. Eu trabalho com AIDS e vejo pessoas boas nestas condições, em diferentes estados de espírito. É engraçado, mas surge uma cumplicidade natural. Não chego com o dedo em riste, até porque, segundo minha ex-psicóloga Nely, por sinal uma pessoa fantástica, me disse que não adianta nada. A culpa gerada, por exemplo, quando uma família aje com agressividade com o doente, gera uma culpa tão grande, que ele chuta o balde e vai p/ a droga.
É curioso ver os casais em que um deles tem o problema mais em evidência. Você vê claramente, que a outra pessoa não está bem. São cuidadores que se anulam para salvar o outro. Perdem, ou não têm amor próprio e, às vezes, estão pior.
De qualquer forma, é um atraso na nossa vida. A humanidade ainda não sabe exatamente o que fazer com o adicto, existem muitas variáveis nesta inequação e todos temos um "quezinho" de vício. É o livre arbítrio, é a intenção de ajudar, é o custo social e familiar que o vício causa, é a cadeia que coloca bons e maus no mesmo balaio. Eu já escrevi, num artigo anterior, o que eu acho que a Lei deve fazer, é só procurar.
Agradeço a Deus, que me inspira a escrever e me põe pessoas maravilhosas no caminho, como minha mulher e os amigos da Casa Francisco de Assis, que qualquer dia eu escrevo à respeito. Bjos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Causa ou Consequência

Se um dia eu sentasse frente à frente com Deus e pudesse perguntar o que quisesse, primeiro eu tentaria me refazer do susto, mas depois eu perguntaria o que é causa e o que é consequência neste mundo. Se eu sofro por alguma coisa que é causada por um ato maldoso do meu próximo, seria uma consequência de atos passados meus, ou poderia estar sendo criada a energia maléfica naquele instante? No fundo, a questão é matemática. O bem e o mal estão em quantidades já pré determinadas no início dos tempos ou podem se multiplicar indeterminadamente, como Hitler supostamente teria multiplicado seu mal a todo povo alemão com sua propaganda anti-semita. Ou este mal já existia no subconciente coletivo daquele povo (não todos, é claro)? Teria Madre Tereza de Calcutá multiplicado sua bondade ou aqueles que ela ajudou já teriam merecimento de serem ajudados e ela seria apenas um instrumento? Até que ponto o nosso sofrimento é uma herança maldita de outras encarnações ou simplesmente estamos sendo treinados para sermos mais fortes e não tem nada de mais. Se é a teoria da multiplicação energética a correta, que eu tendo a acreditar, poderia explicar esta inquietude dos dias de hoje. Seria o excesso de energia ruim que estaria ganhando no score e que poderia estar desequilibrando esta equação e nos condenando a crescentes catástrofes. Qual a utilidade disto? Bom, primeiro diminuiria aquela curiosidade mórbida que muitos têm de saber a causa de tudo, depois diminuiria o nosso complexo de culpa - Eu posso não ter jogado pedra na cruz - Depois uma conclusão desconfortável, o mal se multiplica numa velocidade muito maior. Por exemplo: um bêbado atropela uma criança na calçada, a população vai pro linchamento, vem a polícia e prende todo mundo, ocorre um quebra-quebra de bens públicos, pessoas perdem empregos e aumenta a miséria do local. Progressão geométrica. O bem é bem mais lento e elaborado. Atendemos na Casa Francisco de Assis com cromoterapia e orientação médica de minha parte. Pessoas alcançam cura, melhora ou paz de espírito diante de sua doença. Um ou outro se dispõe a ajudar a casa com trabalho ou vai a um orfanato, cadeia, favela para também dar algo de bom. Enquanto o dia da Grande Faxina não vem, não basta reparar um mal, precisamos multiplicar a energia positiva para tentar equilibrar o nosso meio.De qualquer forma alguns pontos não estão claros, talvez nem são prá ser. A próxima pergunta seria o resultado da próxima mega sena acumulada. Bjos

segunda-feira, 8 de março de 2010

Se Eu Fosse Presidente 2

Dito e feito. Eu não disse que ia esquecer alguma coisa? Bem, foram várias, mas a principal é a próxima. - Qual é a missão mais importante que Deus deu ao ser humano? - Ser Mãe e Pai (hoje é dia das mulheres e vamos por as coisas por ordem de importância) - E a segunda? - Professor. Quando nascemos, trazemos o bem e o mal de todas as nossas existências, experiências bem e mal sucedidas. A família é a primeira chance de nos corrigirmos, mas, dependendo de quem nos gera podemos piorar ou melhorar, no final acabamos sendo uma resultante de proporções variadas. Depois o professor é que pega a batata quente. Se o professor é só um transmissor de conhecimento, podemos nos informar, mas não formar o nosso caráter. Mas se é um educador (moderado para não ser tirano), ele passa a ser um bem precioso. O Estado deve pelo menos garantir que o salário seja mantido e reajustado conforme seu poder aquisitivo. Claro que um plano de carreira, modesto para ser exequível, é desejável para incentivo. Eu proporia uma emenda que o salário inicial fosse mantido (posso estar legislativamente falando uma bobagem) pelo menos do professor pela sua importância.
A ecologia , prás pessoas, a coisa mais importante, desde que não mexa no seu bolso, então é lá que devemos mexer. Eu proporia incentivos fiscais às empresas que utilizassem toda a tecnologia disponível da época, isto é, revisão de projetos periodicamente e as empresas que se encaixassem ganhariam um sêlo e uma divulgação que serviria de propaganda gratuita.
Enfim, são idéias, mas vamos pensar a respeito. Bjos, inté.

sábado, 6 de março de 2010

Se Eu Fosse Presidente

Acho que todo mundo tem este sonho, fazer e desfazer o que achamos certo, sem considerar que o presidente é só uma voz, poderosa, mas só uma voz no jogo da política, democrática ou não. Mas, se eu fosse eleito, tivesse uma base política forte e alinhada ao meu pensamento, eu mudaria muita coisa. Para começar, enquanto candidato, eu pediria aos meus cabos eleitorais que não emporcalhassem as ruas com panfletos, limpassem muros, postes e etc. logo após a eleição. Agissem com classe e não pulassem no pescoço do eleitor indeciso. Exporia minhas idéias, mas não prometeria nada, porque ser presidente não garante nada que idéias se concretizem. Nem dias mais felizes, pois quem espera um governo que o faça mais feliz já se condenou a uma vida de frustrações.
Uma vez eleito, teria as seguintes metas:
Fim do voto obrigatório, levando ao refinamento do padrão do eleitor e inelegibilidade se houvesse muita abstinência, indicando que nenhum dos candidatos desperta confiança da população.
Quase nada seria de graça. Tudo que é dado sem merecimento cai na desvalorização e na injustiça. Todos pagam e só alguns desfrutam. Por exemplo: remédios, exames e procedimentos de graça só com comprovação de pobreza e preços escalonados conforme a renda da pessoa. O dinheiro seria utilizado para ampliar o leque de medicação, exames, construção de hospitais e tudo o mais. Garanto que ninguém iria desperdiçar medicamentos nem faria exames que não iria buscar depois. Isto acontece numa escala maior do que você imagina.
Bolsa família? Só por uns 3 anos condicionada a frequencia de cursos profissionalizantes e redução do benefício se houvesse mais filhos durante o período. O beneficiado teria que comprovar, por exemplo, uma vez por mês, que se candidatou a uma vaga de emprego. Filhos teriam que estar frequentando a escola e vacinados.
Fim do sistema de cotas. Ninguém é totalmente branco ou preto. E índios, japoneses, pardos como ficam?
Igualdade de serviço militar obrigatório para homens e mulheres. Poderia ser serviço social, substituindo, caso o candidato preferisse independente do sexo.
Eu já postei antes sobre sistema penal e vai aí um complemento da maior importância que eu devo argumentar antes. Existe uma doença mental muito frequente que o governo não sabe o que fazer. Dependentes de drogas, jogos e velocidade. Pessoas assim não são necessariamente más. Mas tentam sempre preencher as suas vidas com emoções inutilmente, num saco sem fundo. Existe uma necessidade de estabelecer limites complexos entre tratar, coibir e punir e até que ponto preservar o direito individual de querer manter o seu vício mas limitando os danos à sociedade. Minha linha de ação seria assim. Primeiro o psicólogo junto com assistente social para cadastrar, classificar, entender e ajudar o indivíduo a ter saídas não auto-destrutivas. Caso ele não conseguir se adaptar ao programa que incluiria necessariamente uma prestação de serviços à comunidade, profissionalização e terapia conjunta familiar, ele assinaria um termo de responsabilidade que isentaria o governo de danos à própria saúde pelo uso da droga.
Após esta fase, ele poderia adquirir a droga. Eu faria um plano piloto com a maconha. Ela seria produzida artesanalmente por pequenos produtores, longe dos centros urbanos. Não seria permitido propaganda (nem de cigarro), nem para menores. Em farmácias, a preço de custo mais impostos, tabelada. O objetivo é quebrar o tráfico e toda a violência que ele traz.
Liberaria cassinos e bingos on line com a CEF, com cadastros dos usuários, que serviria para a família entrar com um processo por abandono econômico caso se achasse lesada.
Permitiria a criação de "autobans" estradas sem limite de velocidade com pedágios e da iniciativa privada. A pessoa se responsabiliza por eventuais acidentes.
Homossexuais poderiam se casar, adotar como qualquer casal, com supervisão periódica do juizado de menores ou orgão competente.
Quanto a política econômica não existe fórmula e nem me considero capaz de uma avaliação correta. A verdade é que com a sociedade atual a roda da fortuna roda. Um dia os jogadores da bolsa estão contentes, outro dia os produtores de laranja estão e outro os do petróleo. Enquanto todos, ou pelo menos a maioria das pessoas querem levar vantagem cada vez mais num negócio, numa relação patrão-empregado, num serviço público, podem conseguir, mas adquirem dívidas morais e espirituais que, mais cedo ou mais tarde são cobradas.
Tenho certeza que estou esquecendo outras idéias, mas, se aparecerem eu público num próximo post. Por que não me candidato? Porque me faltam elementos. Sou muito tímido mas estou perdendo isto. Tenho uma memória horrível, péssimo fisionomista e não sei puxar o saco. Mas, quem sabe um dia... Bjos.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sexo

Como me diz todo dia a moça do Boston Medical Group - Sexo é vida - e decidi escrever este artigo para ajudar a dimensionar o sexo neste quebra-cabeça que vivemos hoje com religião, ciência, espiritualidade, evolucionismo, erotismo e doenças sexualmente transmissíveis. Cronologicamente, na minha vida, o catolicismo morreu no momento em que eu descobri o sexo. Acho que isso ocorre, no sentido ortodoxo da religião, para a maioria das pessoas que não abrem mão de seu prazer antes (e, as vezes depois)do casamento e ficam fazendo concessões a si mesmos para não pirarem. O homem, feliz ou infelizmente, separa melhor sexo de amor. Eu vejo assim: amor é o supremo da relação a dois, sexo é melhor com amor, mas vamos que o seu amor te limpou te deixando só com as cuecas (ou calcinhas), ou te trocou pela gostosa(o) da academia, ou morreu, sei lá, amor só tem uma via e não há garantia de retorno. Então sobra o sexo, que não deixa de ser uma necessidade. Mas tem-se que conhecer o sexo. É uma arte.
Sexo pode ser mal. Nos idos da humanidade começamos a usa-lo como forma de dominação, humilhação, violação, ridicularização e, portanto, ficou como pecado e achou-se por bem proibir. Note que todos os palavrões têm conotação sexual. Mas, na minha opinião, se exagerou na dose. Que eu me lembre dos tempos de catecismo, nem Cristo dava muita bola para o sexo. Até livrou a cara da mulher que era adúltera e ia ser apedrejada. Então sexo tem que ser melhor dimensionado, até para unir a humanidade em temas mais produtivos e enaltecedores (falei bonito, não?).
Antes que minha mulher me bata, eu criei 5 regras do sexo para pessoas descompromissadas, me tire fora dessa:
- Se Deus criou as doenças do sexo, permitiu que se tivesse meios de evita-las, portanto, exige-se um mínimo de responsabilidade. Preservativo é essencial e vai educar os compulsivos a se cuidarem.
- Segundo amigos da espiritualidade, existe uma troca energética entre as pessoas que têm relação sexual. Portanto converse, converse e converse. As pessoas devem querer a mesma coisa. Só sexo e nunca mais te vejo, ou somos amigos e nos gostamos e queremos experimentar, é a tampa da minha panela e eu sou a sua, estou louco pelo seu corpo sarado e você? - é uma série de variáveis e quanto mais conjunção melhor.
- Se preserve, não entregue a rapadura de cara. Isto é, não crie expectativas de um sentimento maior, mesmo porque, no início é mais adrenalina que serotonina, mais tesão que outra coisa. É no travesseiro, sozinho, que você vai ver se vale a pena algo mais.
- Não julgue absolutamente ninguém. Uma pessoa que repassou o time de futebol há um tempo atrás, pode estar em outra sintonia no momento, evoluindo, poderia estar compulsiva e sarou, ou mesmo te enganando no jogo de sedução. Não dá prá saber. E machistas de plantão classificam mulheres das piores formas possíveis. E você é o quê? Lei de causa e efeito.
- Seja discreto. Por mais liberal que seja, vivemos numa sociedade hipócrita, que se nutre de fofoca. Guarde para si seus sucessos e fracassos. Preserve a pessoa que está junto com você.
Espero que tenha contribuido, caso este blog se espalhe pelo mundo, para sermos mais felizes no sexo. Bjos

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Equilíbrio Continuação

Antes de mais nada, Claudia, eu lhe dou um exemplar do Livro. Ligue no consultório
(19) 34346933. Desculpa a demora na resposta.
Continuando. Melhorar em que? Na dose das coisas. A vida da gente parece um equilibrista na corda bamba que tem um problema de escoliose na coluna tendendo sempre para um lado. Quando tenta voltar para o meio geralmente exagera para o outro lado. Tipo um viciado que ao se regenerar vira um fanático religioso.
Hoje estou um pouco triste. Estou quase perdendo um amigo na UTI com uma bala na cabeça. Levaram sua moto e mesmo assim atiraram nele. É difícil manter o equilíbrio nesta hora. Liguei para minha amiga e mentora Neuza (qualquer dia eu falo sobre ela) e ela me disse para não ficar nessa vibração negativa e olhar p/ frente.
Por falar nisso, eu sou meio revoltado com essa mídia. Quando acontece qualquer desgraça sempre aparece alguem querendo justiça. Claro que a justiça nossa é necessária, mas é ilusão pensar que se vai resolver tudo nessa nossa existência. Mas tudo é feito para se ter a sensação de que está tudo insuportável, que não tem mais jeito. Um bombardeio contínuo na fé e levando ao desequilíbrio. Cada vez mais viver é uma arte.
Inté.

Equilíbrio

O que é o bem e oque é o mal?
A vida por um par de tênis que o autor do roubo vai vender por 10 ou 20 reais é tão cruel quanto a vida mantida por aparelhos naqueles que sofrem dores insuportáveis. A caridade que se faz àquele que teve uma infelicidade passa a ser nociva àquele que se acomodou diante das circunstâncias. Devemos ser sempre melhores, mas melhores como? Tem uma frase de Renato Russo numa música que não me sai da cabeça:
E há tempos / Nem os santos / Têm ao certo a medida da maldade
Bom, eu vou postar, mas continuo depois, surgiu um compromisso. Bjos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Preconceito

Eu tenho, você não? Eu gosto de pensar que tenho um "pensamento estatístico", ou seja, tal grupo de pessoas de um determinado sexo ou etnia ou país, cidade, etc. tem uma porcentagem maior de um comportamento X. Mas, como eu não tenho saco de pesquisar estatísticas para ter certeza, no fundo é preconceito mesmo.Tem coisas mais arriscadas, mas têm algumas barbadas. Por exemplo, mas se me xingarem, sejam light, por favor: mulheres na direção tem uma chance bem maior de estarem 50% abaixo da velocidade máxima permitida, de avançarem a faixa do lado nas vias duplas como avenidas, de demorarem mais para fazer baliza aumentando o nível de stress no trânsito. Assim como homens são os maiores causadores de acidentes graves, por excesso de velocidade (também, com tanto stress!). Japoneses e orientais, em geral, são mais disciplinados, tem uma obediência maior à ordem e gostam de trabalhar mais que nós, brasileiros. Se bem que eu nem sei porque acumular tanta riqueza se não é para aproveitar. Em compensação há suicídios devido a competição excessiva, Nordestinos gostam mais de festas que o pessoal do sul, tem mais miséria, mas sobra em solidariedade e calor humano. Sem falar em nomes estranhos, que, fora do Nordeste adquirem um tom pejorativo e incitam um preconceito, tipo na hora de arrumar um emprego.
Alguem já pensou em levar os preconceitos a sério em um estudo científico? Não no sentido de tal grupo ser melhor que o outro, eu acho que determinadas qualidades se desenvolveram mais em alguns segmentos que em outros e, se analisadas a fundo, podem ter valor em ações públicas. Prá que fazer tantas ações com esportes na comunidade pobre, se só alguns vão se destacar e ganhar algum dinheiro e não investir em profissionalização, laboratórios de ciências e coisas assim? É sem graça? Tenho um pensamento que une a genética com a influência do meio. A genética se casa com o nível de evolução da alma e o meio estimula ou reprime o desenvolvimento de determinadas qualidades ou defeitos.
Estudar isso é mexer num vespeiro, mas quem sabe, no futuro, quando deixarmos de lado o nosso orgulho, aceitarmos que não estamos todos no mesmo estágio evolutivo, mas que vamos todos evoluir, então poderemos viver em paz com as diferenças e vamos deixar de sofrer com notícias como guerras sem fim em países que só vão aprender com o tempo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Deus

Esta história é fictícia e inteiramente da minha imaginação. Antes disso, desculpe o atraso. Estive uma semana fora, em Natal RN, maravilhoso!
Bem, há muitos bilhões de anos atrás, num planeta de um universo qualquer, havia um indivíduo que vamos chamá-lo de Mister D. Sua 1a encarnação, então recém vindo do reino animal, veio como homem rude, violento. Batia em sua mulher, tiranizava seus filhos e tinha todos os vícios possíveis. Vivia no limite da Lei, mas transgredia-a sempre que lhe conveniesse. Não tinha amigos de verdade, sua família o temia, mas não o amava. Morreu na solidão e maldizendo seu destino. Conheceu os piores níveis do Purgatório e, reparado suas faltas, voltou como mulher.
Sofreu a humiliação de um marido ditador. Foi reprimida em todos os seus desejos, desrespeitada pelos filhos, e somente consolada pela pena de suas amigas em igual condição. Teve uma religião que a acusava a todo instante, o que aumentava sua culpa. Morreu sem viver e também maldizendo seu destino. No plano espiritual não ganhou o Céu, mas aprendeu que sofreu aquilo que tinha causado às pessoas que conviveu anteriormente.
Retornou à vida material várias vezes e, pela qualidade de seu pensamento, passou pelas maiores provações que um ser humano poderia passar: foi rico e perdeu sua fortuna no auge da vida, teve a dor de uma mãe que perde seu filho prematuramente, foi deficiente físico desrespeitado pela sociedade, foi uma moça linda desfigurada em um acidente. Mas, a cada vida adiquiria mais força, mais compreensão da vida como era, as relações de causa e efeito, e, acima de tudo, a necessidade do sofrimento para o crescimento da alma. Nas últimas desencarnações, Mister D tinha contato com espíritos cada vez mais evoluidos, tinha deixado sentimentos como ciúme, orgulho, avareza de lado. Sua energia crescia cada vez mais. Quando encarnava era líder, mas nunca o dono da verdade.
Uma vez, após morrer em profunda paz interior, encontrou Deus. Conversaram muito e, apesar de já não ter emoções tão extremas, chorou copiosamente. Deus, então, lhe disse: - Agora você também vai ser Deus, responsável por milhões e milhões de planetas, com milhões e milhões de vidas em evolução. Mister D agora era...Deus.
Para ser Deus ou próximo a Ele, eu acho que tem-se que conhecer a fundo as alegrias, o sofrimento, a dor e a nobreza dos sentimentos que habitam cada um de nós e sempre aprender com o sofrimento.
Beijos e até mais.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sistema Penal

Depois da última postagem, falando do Lula e do Serra, se eu quisesse viver de patrocínio, acho que nem a barraquinha de jujú do vizinho eu conseguiria, mas escrever é, antes de tudo, prazer.
Agora o assunto, que eu ficaria muito feliz se houvesse comentários, da maior importância: o que fazer com as pessoas que sairam do sistema de regras da nossa sociedade? Praticamente todo mundo faz isso em maior ou menor escala, algum dia. O remédio tem que ser na dose certa e ciente das limitações da idéia que temos em se punir para corrigir, ou pelo menos afastar pessoas nocivas do convívio. O ideal seria que as leis fossem continuamente revisadas à luz da ciência, no caso, a Psicologia e a Psiquiatria. Se acrescentarmos a luz das idéias Kardecistas da evolução e do livre arbítrio, acho que teríamos algo perto do ideal.
Um dos deveres sagrados da humanidade é tentar recuperar pessoas, não para serem "normais", mas para conviver com as outras, respeitando o direito e as diferenças alheios. Mas tentar, não é conseguir ou invadir a vontade própria. Qual é a raiz dos problemas? Segundo alguns espíritas, a terra está próxima de uma faxina geral, que, após algumas catástrofes absolutamente necessárias para correção, uma massa de espíritos que se recusam a evoluir, vão ser retirados para outros mundos mais compatíveis com a sua vibração. Então nós somos ou convivemos com aqueles que estão tendo a última chance. Então é um mundo de louco, portanto...Vamos às doenças mentais. Os mais graves, os psicopatas, não têm os mesmos sentimentos de compaixão, amor ao próximo ou qualquer gancho em que se possa trabalhar na recuperação. Logicamente, sua cabeça segue regras próprias de conduta e inflingir sofrimento não causa um sentimento de arrependimento, de mudar sua conduta. Na cadeia, os psicopatas assumem o comando, vão para o crime organizado e se tornam líderes. Nos casos violentos, eu acho que temos duas alternativas. Ou prisão perpétua com reavaliações periódicas de psicólogos treinados, aliás, para se condenar alguém assim, uma avaliação prévia se faz necessário, e sem o convívio com os outros. Como são inteligentes, podem fazer algum trabalho intelectual que sirva como desafio próprio. Ou a pena de morte, em que outras esferas do plano espiritual possa ter algum tratamento que desconhecemos. Falar em pena de morte pode parecer um paradoxo para um espírita, mas eu não sei se não é a melhor coisa para a própria pessoa. Mas a idéia principal é de que o tratamento não pode ser igual aos demais. Para os demais, é óbvio que a ressocialização se passa por profissionalização, sistemas de ganhos para redução da pena e incentivo fiscal para empresas que contratem uma porcentagem de empregados ex-presidiários. Assistência psicológica inclusive para a família do detento. Mais para frente vou falar sobre legalização de algumas drogas para reduzir o crime organizado.
Caros Leitores, desculpem se não falo mais de coisas engraçadas, acho que estou primeiro me limpando da sensação de inércia diante do rumo que as coisas estão tomando. E tô gostando, acordo bem mais tranquilo. Como disse Cazuza, beijos prá quem são de beijos e abraços prá quem são de abraços.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Serra ou Dilma?

Serra, com ressalvas. Votar na Dilma, pensando no PT federal(mas também, quem fica num partido depois de tudo que aconteceu, assina embaixo)é concordar com mensalão, dólar na cueca, meios que justificam os fins, aliança com Sarney e Collor, filme da vida do Lula em ano de eleição e todas essas coisas que fariam até o Maluf corar de vergonha.
Mas votar no Serra para presidente tem a emoção de um coito interrompido. Funcionário público estadual, como eu fui um dia, que vota no PSDB é igual mulher de bandido: Você vai me f... mas eu gostcho!!! Pelo menos o PT tem isso de bom, olha com mais carinho para o seu funcionário público. No Estado, você entra num concurso, ganhando x, 10 anos depois você está com....x. Que carreira! Não dá pra gente ganhar em índice de pedágio? Eu acho um bom partido, mas o PSDB precisa buscar um equilíbrio melhor entre obras sociais e reajuste do funcionalismo.
Outra coisa, o povo é carente de um amigo. Olhe pro Lula, ele parece que está com você numa mesa de bar falando e inconformado com a situação que está e que ele não tem nada a ver com isso. É um gênio! Enquanto o Serra parece uma máquina desfiando números e obras. Vamos ver os próximos capítulos... Um abraço.

POLÍTICA

Nós, habitantes deste mundo, nessa fase de transição deste planeta para melhor ou pior, só Deus sabe, vivemos a nossa adolescência na evolução. Éramos crianças, brigávamos por terra, por ouro, por poder, para provarmos que o nosso Deus é melhor que o deles e ainda brigamos, só que não na mesma unanimidade de antes. Alguns de nós estão crescendo mais rápido que outros. Mas, partindo do princípio de ainda somos todos doentes da alma, na condição de crescer e melhorar cada vez mais, o que fazer para criar meios de melhorarmos dentro das nossas possibilidades infinitas? Acho que a pergunta mais importante a fazer para nós mesmos, quando escolhemos nossos governantes, deveria ser: Que tipo de governo eu quero? Algo que funcione como um pai, que dita regras e limita nossas ações, toma nosso dinheiro e distribui em obras coletivas? Ou algo que funcione como um gurú que apenas aconselha e deixa por nossa conta o nosso destino, para aprendermos com as leis de causa e efeito, arcando com as consequências das nossas escolhas? Ou um meio termo? Não é uma resposta fácil, principalmente porque existem questões polêmicas. Para responder, vamos pensar no individual. É obvio que comportamentos que ferem os direitos dos outros devem ser proibidos, são os limites necessários para aqueles que ainda não aprenderam o amor fraterno. Mas, e aquelas leis que ferem nossas próprias escolhas, como usar esta ou aquela substância química, para tentar preencher sabe lá o que, que a vida não nos deu? E a eutanásia? E o direito dos Testemunhas de Jeová de morrerem sem tomar sangue? Não tô falando nem que sim e nem que não, mas partidos políticos têm que se posicinarem diante destas questões e deixarem isso de forma clara, selecionando maior ou menor número de eleitores, e não deixar prá lá sob o risco de perderem a eleição. Qual é a fórmula para acelerar o crescimento do indivíduo? Só pode ser a educação em primeiro lugar. Eu, como médico me coloco em terceiro lugar na hierarquia de profissões que Deus pôs na Terra. Em primeiro Mãe e Pai, em segundo os professores e, em terceiro médicos e psicólogos, porque as doenças da carne só existem devido as doenças da alma. Eu sei que deixei muitas questões no ar, mas eu sou que nem novela que só resolve tudo no final. Aquele abraço.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Motoqueiro

Existe o bem, existe o mal e existe....o Motoqueiro. Nao tem prá ninguem. Dá até inveja. Você tá dirigindo numa velocidade razoável, tem um cara de moto que se arrasta pela rua, mas no cruzamento ele passa na sua frente e você é obrigado a ir na velocidade dele. Isso é o de menos. Acho que se tiver a mãe dele atavessando no trânsito parado...um abraço. Imagina um cara jovem, uma idade que já não tem limites. Encontra um instrumento para ampliar mais essa falta de limites. Arranja um serviço que, quanto mais rápido terminar, mais pode ganhar com outras entregas. Vc faria diferente? Quero propor uma campanha: Contrate um pai de família desempregado e, nem que seja mais lento, a sociedade agradece. Agora um "mea culpa": Eu comprei uma moto! Bom, eu quero pegar uma estrada, não correr, mas vamos ver o quanto o Diabo tenta. Aquele abraço!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O Início

Nada melhor que me apresentar logo de cara: Sou médico de Piracicaba, espírita kardecista, porque, para mim, fé e ciência são paralelas que vão se encontrar no final da evolução (eu tenho minha veia poética). Mas não vou escrever como pregador, gosto do humor ácido, das polêmicas, da vida errada que levamos com todas as suas dores e delícias, satirizando nossos vícios e contradições.
Já escrevi um livro, "Como Conquistar a Simpatia de Seu Médico", vendeu uns "par de meia dúzia", minha mãe achou ótimo. Na verdade, é um livro pioneiro, ele tira o paciente da condição de coitadinho, vítima do médico e da medicina atual e divide a bola, levando a pensar o papel de cada um nessa tragédia nossa de cada dia. Foi como uma faxina na alma. Mas ele é legal e muito útil. Deve ter na Nobel Piracicaba ou no catálogo. Quem quiser comprar, minha mulher que é o caixa da nossa relação, antecipadamente agradece. Favor tirar as teias de aranha. Bom no próximo post eu começo a queimar o filme. Aguarde. Abraço.