Abrolhos

domingo, 28 de março de 2010

Será que vai passar?

Quase todos os dias que eu leio a Folha de São Paulo, tem uma frase infeliz do nosso Lula. Imagino-me morrendo de vergonha quando eu for pro exterior. Imagino-me tendo que pedir desculpa, que não são os brasileiros que pensam que preso político em Cuba é igual a bandido no Brasil, que não somos ingênuos a ponto de dar carta branca ao Irã levar seu programa nuclear a diante e que também não ignoramos que os direitos humanos não são respeitados por lá. Não, não acreditamos que Hugo Chaves é democrata. Imagino o tempo que eu iria perder tendo que dar explicações que focinho de porco não é tomada. Será que Dilma é igual? Pesquisei Marina, mas tá muito crú. Serra a gente já sabe é mais ou menos. Tem boas intenções, mas é um político à velha moda. Aquilo que eu já falei, não valoriza seu plantel de funcionários e tá tomando um castigo com a manifestação dos professores, assim como Barjas, que tá tomando o seu por falta de médicos em Piracicaba (mas eu gosto dele). Acho que é porque ele paga "muito bem". Mas, amigo, não é possível aguentar mais 4 anos deste neo-coronelismo. Lula, com seu cacife de 75% de aprovação popular, fala o que quer. Ele se dá o direito de não pensar que, depois para desmentir, dá um trabalhão. Parece que tá no bar discutindo política, depois de umas e outras. Na minha concepção, não há partido político ideal, talvez o PV vá mais de encontro ao que eu considero ética social. Se eu puder dar um conselho, eu digo, vote em quem você quiser, menos na Dilma no 1o turno e naquele que for para o 2o turno contra ela. Porque, pelo menos os pecados dos outros são mais discretos e não fazem parte da máquina administrativa. Bjos

Profissionais Autônomos e Sun Tzu

Sigam meu raciocínio. Você encomenda um serviço, paga uma parte adiantado pros materiais. Ele pega o seu dinheiro, você não sabe onde ele mora e nem tem um endereço comercial. A tentação é grande. Tem um serviço maior para fazer, onde ele pode ganhar mais. Você não assinou nenhum contrato. Desculpe amigo, mas as chances de vc "sifú"* é grande. Acho que, no Sermão da Montanha, não tinha nada escrito que os bobos entrariam no céu. Então eu, que já faço parte deste grupo por minha natureza, percebi que isto é consequencia da nossa própria preguiça de fazer tudo do jeito certo, mais trabalhoso. Segundo Sun Tzu, na Arte da Guerra, você só tem chance de derrotar seu inimigo conhecendo-o, sabendo seu modo de pensar e adiantando seus passos. O carpinteiro, pedreiro, encanador, eletricista, engenheiro (médico não, por que não tem chance de fazer isto, mas é da natureza humana) tem um campo aberto para que seu diabinho interior fique tentando e é, portanto, seu potencial inimigo, melhor dizer, adversário.
Confesso que baseei este seguinte esquema de uma inspiração matinal e ainda não testei, mas, pela lógica, acho que nossas chances aumentam se formos estrategistas:
- Procure indicações de amigos, se não for possível, em meios de comunicação oficiais, tipo jornal ou revista.
- Vá na casa do fulano, conheça a família, tome um cafezinho e comente, como quem não quer nada: -Eu venho sempre por aqui bater um papo com o Dr. delegado no DP próximo, que é meu amigo.
- Faça um contrato estipulando prazo, qualidade do material utilizado, assunção pelo executante por eventuais acidentes de trabalho e materiais desaparecidos (a makita, seja lá o que for isso, é o equipamento preferido dos pedreiros para desaparecer) e multa ou desconto no pagamento por atraso. Peça pro amigo advogado um modelo de contrato.
- Não insista num orçamento muito barato, mas procure não pagar nada adiantado. De preferência, você mesmo compre o material, a internet tá aí pra isso mesmo.
- Peça referências e cheque.
- Peça nota fiscal. Eu sei que o Leão é inimigo de todos, mas ajuda.
- Finalmente prometa um bônus se o serviço sair satisfatório e no prazo estipulado. E cumpra, lógico. Diga que você vai recomenda-lo a todos os seus amigos.
Isto não é garantia de sair no combinado, afinal, a sacanagem humana não tem limites e a lei é uma tartaruga com reumatismo.
Agradeço novas idéias a respeito. Bjos

* Palavrão, no texto, é tempero, estilo literário, empatia com o máximo de leitores, aprecie com moderação.

PS: Não se esqueçam de tomar a vacina anti-CIN (anti-Caso Isabela Nardoni)para não deixar as energias negativas entrarem.

domingo, 21 de março de 2010

Eu e o Vício

Tudo no cérebro é difícil. Na evolução do Homem, sendo a mente um reflexo do espírito, vamos nos arraigando em convicções, revoltas, virtudes e defeitos. E como é difícil mudar! A solidez do nosso pensamento é tanta que pessoas passam a vida inteira tentando e não conseguem. É como fazer uma reforma da casa começando pelos alicerces. Por isso eu vou começar a estudar mais a neurolinguística. A evolução da psicologia.
Eu tenho um perfil de adicto. Não é nada tão daninho quanto cocaina, crack ou heroína. Mas eu não posso ver sudoku, paciência spider, zuma e outros jogos que me testem o raciocínio ou os reflexos que eu perco o controle do tempo, o domínio sobre mim mesmo. No fundo é a mesma coisa, talvez melhorada. Talvez eu fosse mais autodestrutivo em encarnações passadas.
Então eu consigo saber o que se passa na cabeça de um viciado, de um compulsivo. É como um estado de infelicidade ou "sub-felicidade" crônica. Que caminha em ciclos de euforia e depressão por culpa. Mecanismos disparam quando há perda ou ansiedade e, se você teve uma infância complicada, então, é pior. E corre pro vício. O adicto tem que ocupar sua mente com coisas construtivas, que melhorem sua auto-estima, como escrever um blog, por exemplo. Mas ele tem que vencer um muro de concreto todos os dias para condicionar sua mente a entrar nesta esfera de pensamento positivo. Quando eu me pego jogando, eu me xingo por um bom tempo depois, aí passa um tempo, a idéia de jogar já não me parece tão ruim e se repete todo o ciclo. Será que quando morremos o umbral, ou purgatório, se preferirem, tem um banho de creolina, como dizia minha avó, que tire o grosso deste desvio? Eu não acredito que Deus faça nada por completo que não exija uma parte do nosso esforço, mas, se já é difícil para mim, imagino como o é para alguém que passe mal, até fisicamente, quando fica sem sua droga. É um trabalho de Hércules. Então me emociono até às lágrimas, quando alguém consegue superar seu vício, aflora o seu lado maravilhoso, que no fundo, o adicto é. Bem, eu não sei quanto àqueles que matam para manter a droga, acho que estes não, ainda não evoluiram no amor. Eu trabalho com AIDS e vejo pessoas boas nestas condições, em diferentes estados de espírito. É engraçado, mas surge uma cumplicidade natural. Não chego com o dedo em riste, até porque, segundo minha ex-psicóloga Nely, por sinal uma pessoa fantástica, me disse que não adianta nada. A culpa gerada, por exemplo, quando uma família aje com agressividade com o doente, gera uma culpa tão grande, que ele chuta o balde e vai p/ a droga.
É curioso ver os casais em que um deles tem o problema mais em evidência. Você vê claramente, que a outra pessoa não está bem. São cuidadores que se anulam para salvar o outro. Perdem, ou não têm amor próprio e, às vezes, estão pior.
De qualquer forma, é um atraso na nossa vida. A humanidade ainda não sabe exatamente o que fazer com o adicto, existem muitas variáveis nesta inequação e todos temos um "quezinho" de vício. É o livre arbítrio, é a intenção de ajudar, é o custo social e familiar que o vício causa, é a cadeia que coloca bons e maus no mesmo balaio. Eu já escrevi, num artigo anterior, o que eu acho que a Lei deve fazer, é só procurar.
Agradeço a Deus, que me inspira a escrever e me põe pessoas maravilhosas no caminho, como minha mulher e os amigos da Casa Francisco de Assis, que qualquer dia eu escrevo à respeito. Bjos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Causa ou Consequência

Se um dia eu sentasse frente à frente com Deus e pudesse perguntar o que quisesse, primeiro eu tentaria me refazer do susto, mas depois eu perguntaria o que é causa e o que é consequência neste mundo. Se eu sofro por alguma coisa que é causada por um ato maldoso do meu próximo, seria uma consequência de atos passados meus, ou poderia estar sendo criada a energia maléfica naquele instante? No fundo, a questão é matemática. O bem e o mal estão em quantidades já pré determinadas no início dos tempos ou podem se multiplicar indeterminadamente, como Hitler supostamente teria multiplicado seu mal a todo povo alemão com sua propaganda anti-semita. Ou este mal já existia no subconciente coletivo daquele povo (não todos, é claro)? Teria Madre Tereza de Calcutá multiplicado sua bondade ou aqueles que ela ajudou já teriam merecimento de serem ajudados e ela seria apenas um instrumento? Até que ponto o nosso sofrimento é uma herança maldita de outras encarnações ou simplesmente estamos sendo treinados para sermos mais fortes e não tem nada de mais. Se é a teoria da multiplicação energética a correta, que eu tendo a acreditar, poderia explicar esta inquietude dos dias de hoje. Seria o excesso de energia ruim que estaria ganhando no score e que poderia estar desequilibrando esta equação e nos condenando a crescentes catástrofes. Qual a utilidade disto? Bom, primeiro diminuiria aquela curiosidade mórbida que muitos têm de saber a causa de tudo, depois diminuiria o nosso complexo de culpa - Eu posso não ter jogado pedra na cruz - Depois uma conclusão desconfortável, o mal se multiplica numa velocidade muito maior. Por exemplo: um bêbado atropela uma criança na calçada, a população vai pro linchamento, vem a polícia e prende todo mundo, ocorre um quebra-quebra de bens públicos, pessoas perdem empregos e aumenta a miséria do local. Progressão geométrica. O bem é bem mais lento e elaborado. Atendemos na Casa Francisco de Assis com cromoterapia e orientação médica de minha parte. Pessoas alcançam cura, melhora ou paz de espírito diante de sua doença. Um ou outro se dispõe a ajudar a casa com trabalho ou vai a um orfanato, cadeia, favela para também dar algo de bom. Enquanto o dia da Grande Faxina não vem, não basta reparar um mal, precisamos multiplicar a energia positiva para tentar equilibrar o nosso meio.De qualquer forma alguns pontos não estão claros, talvez nem são prá ser. A próxima pergunta seria o resultado da próxima mega sena acumulada. Bjos

segunda-feira, 8 de março de 2010

Se Eu Fosse Presidente 2

Dito e feito. Eu não disse que ia esquecer alguma coisa? Bem, foram várias, mas a principal é a próxima. - Qual é a missão mais importante que Deus deu ao ser humano? - Ser Mãe e Pai (hoje é dia das mulheres e vamos por as coisas por ordem de importância) - E a segunda? - Professor. Quando nascemos, trazemos o bem e o mal de todas as nossas existências, experiências bem e mal sucedidas. A família é a primeira chance de nos corrigirmos, mas, dependendo de quem nos gera podemos piorar ou melhorar, no final acabamos sendo uma resultante de proporções variadas. Depois o professor é que pega a batata quente. Se o professor é só um transmissor de conhecimento, podemos nos informar, mas não formar o nosso caráter. Mas se é um educador (moderado para não ser tirano), ele passa a ser um bem precioso. O Estado deve pelo menos garantir que o salário seja mantido e reajustado conforme seu poder aquisitivo. Claro que um plano de carreira, modesto para ser exequível, é desejável para incentivo. Eu proporia uma emenda que o salário inicial fosse mantido (posso estar legislativamente falando uma bobagem) pelo menos do professor pela sua importância.
A ecologia , prás pessoas, a coisa mais importante, desde que não mexa no seu bolso, então é lá que devemos mexer. Eu proporia incentivos fiscais às empresas que utilizassem toda a tecnologia disponível da época, isto é, revisão de projetos periodicamente e as empresas que se encaixassem ganhariam um sêlo e uma divulgação que serviria de propaganda gratuita.
Enfim, são idéias, mas vamos pensar a respeito. Bjos, inté.

sábado, 6 de março de 2010

Se Eu Fosse Presidente

Acho que todo mundo tem este sonho, fazer e desfazer o que achamos certo, sem considerar que o presidente é só uma voz, poderosa, mas só uma voz no jogo da política, democrática ou não. Mas, se eu fosse eleito, tivesse uma base política forte e alinhada ao meu pensamento, eu mudaria muita coisa. Para começar, enquanto candidato, eu pediria aos meus cabos eleitorais que não emporcalhassem as ruas com panfletos, limpassem muros, postes e etc. logo após a eleição. Agissem com classe e não pulassem no pescoço do eleitor indeciso. Exporia minhas idéias, mas não prometeria nada, porque ser presidente não garante nada que idéias se concretizem. Nem dias mais felizes, pois quem espera um governo que o faça mais feliz já se condenou a uma vida de frustrações.
Uma vez eleito, teria as seguintes metas:
Fim do voto obrigatório, levando ao refinamento do padrão do eleitor e inelegibilidade se houvesse muita abstinência, indicando que nenhum dos candidatos desperta confiança da população.
Quase nada seria de graça. Tudo que é dado sem merecimento cai na desvalorização e na injustiça. Todos pagam e só alguns desfrutam. Por exemplo: remédios, exames e procedimentos de graça só com comprovação de pobreza e preços escalonados conforme a renda da pessoa. O dinheiro seria utilizado para ampliar o leque de medicação, exames, construção de hospitais e tudo o mais. Garanto que ninguém iria desperdiçar medicamentos nem faria exames que não iria buscar depois. Isto acontece numa escala maior do que você imagina.
Bolsa família? Só por uns 3 anos condicionada a frequencia de cursos profissionalizantes e redução do benefício se houvesse mais filhos durante o período. O beneficiado teria que comprovar, por exemplo, uma vez por mês, que se candidatou a uma vaga de emprego. Filhos teriam que estar frequentando a escola e vacinados.
Fim do sistema de cotas. Ninguém é totalmente branco ou preto. E índios, japoneses, pardos como ficam?
Igualdade de serviço militar obrigatório para homens e mulheres. Poderia ser serviço social, substituindo, caso o candidato preferisse independente do sexo.
Eu já postei antes sobre sistema penal e vai aí um complemento da maior importância que eu devo argumentar antes. Existe uma doença mental muito frequente que o governo não sabe o que fazer. Dependentes de drogas, jogos e velocidade. Pessoas assim não são necessariamente más. Mas tentam sempre preencher as suas vidas com emoções inutilmente, num saco sem fundo. Existe uma necessidade de estabelecer limites complexos entre tratar, coibir e punir e até que ponto preservar o direito individual de querer manter o seu vício mas limitando os danos à sociedade. Minha linha de ação seria assim. Primeiro o psicólogo junto com assistente social para cadastrar, classificar, entender e ajudar o indivíduo a ter saídas não auto-destrutivas. Caso ele não conseguir se adaptar ao programa que incluiria necessariamente uma prestação de serviços à comunidade, profissionalização e terapia conjunta familiar, ele assinaria um termo de responsabilidade que isentaria o governo de danos à própria saúde pelo uso da droga.
Após esta fase, ele poderia adquirir a droga. Eu faria um plano piloto com a maconha. Ela seria produzida artesanalmente por pequenos produtores, longe dos centros urbanos. Não seria permitido propaganda (nem de cigarro), nem para menores. Em farmácias, a preço de custo mais impostos, tabelada. O objetivo é quebrar o tráfico e toda a violência que ele traz.
Liberaria cassinos e bingos on line com a CEF, com cadastros dos usuários, que serviria para a família entrar com um processo por abandono econômico caso se achasse lesada.
Permitiria a criação de "autobans" estradas sem limite de velocidade com pedágios e da iniciativa privada. A pessoa se responsabiliza por eventuais acidentes.
Homossexuais poderiam se casar, adotar como qualquer casal, com supervisão periódica do juizado de menores ou orgão competente.
Quanto a política econômica não existe fórmula e nem me considero capaz de uma avaliação correta. A verdade é que com a sociedade atual a roda da fortuna roda. Um dia os jogadores da bolsa estão contentes, outro dia os produtores de laranja estão e outro os do petróleo. Enquanto todos, ou pelo menos a maioria das pessoas querem levar vantagem cada vez mais num negócio, numa relação patrão-empregado, num serviço público, podem conseguir, mas adquirem dívidas morais e espirituais que, mais cedo ou mais tarde são cobradas.
Tenho certeza que estou esquecendo outras idéias, mas, se aparecerem eu público num próximo post. Por que não me candidato? Porque me faltam elementos. Sou muito tímido mas estou perdendo isto. Tenho uma memória horrível, péssimo fisionomista e não sei puxar o saco. Mas, quem sabe um dia... Bjos.