Abrolhos

domingo, 10 de julho de 2011

Bloqueio

Faz bem uns 3 meses que eu não escrevo. Acho que estava muito focado em coisas da minha profissão, mas já estava sentido falta, achando que ia aposentar de vez este blog. Aí aconteceu uma coisa interessante: Meu primo de coração, o Marques, que sempre foi como um gurú para mim, inteligente, a ponto de eu me sentir tão pequeno perto dele, me disse que sempre me lia e gostava . Isto foi como uma fagulha que acendeu meu amor próprio. Afinal, novas inspirações estão surgindo. Obrigado primo. Acho que você nem percebeu o que fez. Bom, eu queria falar neste post, sobre o enterro definitivo da poesia, do romantismo e da cultura na nossa vida na nossa vida. Parece que viramos americanos do Brasil, contaminados com o mercantilismo, embora isto tenha o efeito benéfico sobre a pobreza, ganhamos dinheiro para nada, o vazio fica do mesmo tamanho. Peguemos as músicas em geral. Letras, acordes, arranjos, tudo está simplificado demais, comercial demais. De "minh'alma de sonhar-te anda perdida, meus olhos andam cegos de te ver..." até "te dei o sol, te dei o mar, prá ganhar seu coração, você é raio da saudade, meteoro da paixão..." vai uma diferença abissal. E olha que eu era horrível como aluno de português. Até aqueles poetas , como Fagner, desde que escreveu borbulhas de amor, horrível, não fez mais nada que preste.
Mania de véio que reclama de tudo. Nada disso vai mudar. Pagodeiros, sertanejos, funkeiros estão dominando o mundo e não há nada a fazer. Vamos seresteiros, trovadores, boêmios continuar a procurar botecos em que haja um cantinho e um violão e a vizinhança que não reclame do barulho.
É muito bom estar de volta. Espero que meu "grande público" (mas com grandes pessoas sem aspas) me descubra de novo. Bjos a todos.