Abrolhos

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sexo

Como me diz todo dia a moça do Boston Medical Group - Sexo é vida - e decidi escrever este artigo para ajudar a dimensionar o sexo neste quebra-cabeça que vivemos hoje com religião, ciência, espiritualidade, evolucionismo, erotismo e doenças sexualmente transmissíveis. Cronologicamente, na minha vida, o catolicismo morreu no momento em que eu descobri o sexo. Acho que isso ocorre, no sentido ortodoxo da religião, para a maioria das pessoas que não abrem mão de seu prazer antes (e, as vezes depois)do casamento e ficam fazendo concessões a si mesmos para não pirarem. O homem, feliz ou infelizmente, separa melhor sexo de amor. Eu vejo assim: amor é o supremo da relação a dois, sexo é melhor com amor, mas vamos que o seu amor te limpou te deixando só com as cuecas (ou calcinhas), ou te trocou pela gostosa(o) da academia, ou morreu, sei lá, amor só tem uma via e não há garantia de retorno. Então sobra o sexo, que não deixa de ser uma necessidade. Mas tem-se que conhecer o sexo. É uma arte.
Sexo pode ser mal. Nos idos da humanidade começamos a usa-lo como forma de dominação, humilhação, violação, ridicularização e, portanto, ficou como pecado e achou-se por bem proibir. Note que todos os palavrões têm conotação sexual. Mas, na minha opinião, se exagerou na dose. Que eu me lembre dos tempos de catecismo, nem Cristo dava muita bola para o sexo. Até livrou a cara da mulher que era adúltera e ia ser apedrejada. Então sexo tem que ser melhor dimensionado, até para unir a humanidade em temas mais produtivos e enaltecedores (falei bonito, não?).
Antes que minha mulher me bata, eu criei 5 regras do sexo para pessoas descompromissadas, me tire fora dessa:
- Se Deus criou as doenças do sexo, permitiu que se tivesse meios de evita-las, portanto, exige-se um mínimo de responsabilidade. Preservativo é essencial e vai educar os compulsivos a se cuidarem.
- Segundo amigos da espiritualidade, existe uma troca energética entre as pessoas que têm relação sexual. Portanto converse, converse e converse. As pessoas devem querer a mesma coisa. Só sexo e nunca mais te vejo, ou somos amigos e nos gostamos e queremos experimentar, é a tampa da minha panela e eu sou a sua, estou louco pelo seu corpo sarado e você? - é uma série de variáveis e quanto mais conjunção melhor.
- Se preserve, não entregue a rapadura de cara. Isto é, não crie expectativas de um sentimento maior, mesmo porque, no início é mais adrenalina que serotonina, mais tesão que outra coisa. É no travesseiro, sozinho, que você vai ver se vale a pena algo mais.
- Não julgue absolutamente ninguém. Uma pessoa que repassou o time de futebol há um tempo atrás, pode estar em outra sintonia no momento, evoluindo, poderia estar compulsiva e sarou, ou mesmo te enganando no jogo de sedução. Não dá prá saber. E machistas de plantão classificam mulheres das piores formas possíveis. E você é o quê? Lei de causa e efeito.
- Seja discreto. Por mais liberal que seja, vivemos numa sociedade hipócrita, que se nutre de fofoca. Guarde para si seus sucessos e fracassos. Preserve a pessoa que está junto com você.
Espero que tenha contribuido, caso este blog se espalhe pelo mundo, para sermos mais felizes no sexo. Bjos

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Equilíbrio Continuação

Antes de mais nada, Claudia, eu lhe dou um exemplar do Livro. Ligue no consultório
(19) 34346933. Desculpa a demora na resposta.
Continuando. Melhorar em que? Na dose das coisas. A vida da gente parece um equilibrista na corda bamba que tem um problema de escoliose na coluna tendendo sempre para um lado. Quando tenta voltar para o meio geralmente exagera para o outro lado. Tipo um viciado que ao se regenerar vira um fanático religioso.
Hoje estou um pouco triste. Estou quase perdendo um amigo na UTI com uma bala na cabeça. Levaram sua moto e mesmo assim atiraram nele. É difícil manter o equilíbrio nesta hora. Liguei para minha amiga e mentora Neuza (qualquer dia eu falo sobre ela) e ela me disse para não ficar nessa vibração negativa e olhar p/ frente.
Por falar nisso, eu sou meio revoltado com essa mídia. Quando acontece qualquer desgraça sempre aparece alguem querendo justiça. Claro que a justiça nossa é necessária, mas é ilusão pensar que se vai resolver tudo nessa nossa existência. Mas tudo é feito para se ter a sensação de que está tudo insuportável, que não tem mais jeito. Um bombardeio contínuo na fé e levando ao desequilíbrio. Cada vez mais viver é uma arte.
Inté.

Equilíbrio

O que é o bem e oque é o mal?
A vida por um par de tênis que o autor do roubo vai vender por 10 ou 20 reais é tão cruel quanto a vida mantida por aparelhos naqueles que sofrem dores insuportáveis. A caridade que se faz àquele que teve uma infelicidade passa a ser nociva àquele que se acomodou diante das circunstâncias. Devemos ser sempre melhores, mas melhores como? Tem uma frase de Renato Russo numa música que não me sai da cabeça:
E há tempos / Nem os santos / Têm ao certo a medida da maldade
Bom, eu vou postar, mas continuo depois, surgiu um compromisso. Bjos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Preconceito

Eu tenho, você não? Eu gosto de pensar que tenho um "pensamento estatístico", ou seja, tal grupo de pessoas de um determinado sexo ou etnia ou país, cidade, etc. tem uma porcentagem maior de um comportamento X. Mas, como eu não tenho saco de pesquisar estatísticas para ter certeza, no fundo é preconceito mesmo.Tem coisas mais arriscadas, mas têm algumas barbadas. Por exemplo, mas se me xingarem, sejam light, por favor: mulheres na direção tem uma chance bem maior de estarem 50% abaixo da velocidade máxima permitida, de avançarem a faixa do lado nas vias duplas como avenidas, de demorarem mais para fazer baliza aumentando o nível de stress no trânsito. Assim como homens são os maiores causadores de acidentes graves, por excesso de velocidade (também, com tanto stress!). Japoneses e orientais, em geral, são mais disciplinados, tem uma obediência maior à ordem e gostam de trabalhar mais que nós, brasileiros. Se bem que eu nem sei porque acumular tanta riqueza se não é para aproveitar. Em compensação há suicídios devido a competição excessiva, Nordestinos gostam mais de festas que o pessoal do sul, tem mais miséria, mas sobra em solidariedade e calor humano. Sem falar em nomes estranhos, que, fora do Nordeste adquirem um tom pejorativo e incitam um preconceito, tipo na hora de arrumar um emprego.
Alguem já pensou em levar os preconceitos a sério em um estudo científico? Não no sentido de tal grupo ser melhor que o outro, eu acho que determinadas qualidades se desenvolveram mais em alguns segmentos que em outros e, se analisadas a fundo, podem ter valor em ações públicas. Prá que fazer tantas ações com esportes na comunidade pobre, se só alguns vão se destacar e ganhar algum dinheiro e não investir em profissionalização, laboratórios de ciências e coisas assim? É sem graça? Tenho um pensamento que une a genética com a influência do meio. A genética se casa com o nível de evolução da alma e o meio estimula ou reprime o desenvolvimento de determinadas qualidades ou defeitos.
Estudar isso é mexer num vespeiro, mas quem sabe, no futuro, quando deixarmos de lado o nosso orgulho, aceitarmos que não estamos todos no mesmo estágio evolutivo, mas que vamos todos evoluir, então poderemos viver em paz com as diferenças e vamos deixar de sofrer com notícias como guerras sem fim em países que só vão aprender com o tempo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Deus

Esta história é fictícia e inteiramente da minha imaginação. Antes disso, desculpe o atraso. Estive uma semana fora, em Natal RN, maravilhoso!
Bem, há muitos bilhões de anos atrás, num planeta de um universo qualquer, havia um indivíduo que vamos chamá-lo de Mister D. Sua 1a encarnação, então recém vindo do reino animal, veio como homem rude, violento. Batia em sua mulher, tiranizava seus filhos e tinha todos os vícios possíveis. Vivia no limite da Lei, mas transgredia-a sempre que lhe conveniesse. Não tinha amigos de verdade, sua família o temia, mas não o amava. Morreu na solidão e maldizendo seu destino. Conheceu os piores níveis do Purgatório e, reparado suas faltas, voltou como mulher.
Sofreu a humiliação de um marido ditador. Foi reprimida em todos os seus desejos, desrespeitada pelos filhos, e somente consolada pela pena de suas amigas em igual condição. Teve uma religião que a acusava a todo instante, o que aumentava sua culpa. Morreu sem viver e também maldizendo seu destino. No plano espiritual não ganhou o Céu, mas aprendeu que sofreu aquilo que tinha causado às pessoas que conviveu anteriormente.
Retornou à vida material várias vezes e, pela qualidade de seu pensamento, passou pelas maiores provações que um ser humano poderia passar: foi rico e perdeu sua fortuna no auge da vida, teve a dor de uma mãe que perde seu filho prematuramente, foi deficiente físico desrespeitado pela sociedade, foi uma moça linda desfigurada em um acidente. Mas, a cada vida adiquiria mais força, mais compreensão da vida como era, as relações de causa e efeito, e, acima de tudo, a necessidade do sofrimento para o crescimento da alma. Nas últimas desencarnações, Mister D tinha contato com espíritos cada vez mais evoluidos, tinha deixado sentimentos como ciúme, orgulho, avareza de lado. Sua energia crescia cada vez mais. Quando encarnava era líder, mas nunca o dono da verdade.
Uma vez, após morrer em profunda paz interior, encontrou Deus. Conversaram muito e, apesar de já não ter emoções tão extremas, chorou copiosamente. Deus, então, lhe disse: - Agora você também vai ser Deus, responsável por milhões e milhões de planetas, com milhões e milhões de vidas em evolução. Mister D agora era...Deus.
Para ser Deus ou próximo a Ele, eu acho que tem-se que conhecer a fundo as alegrias, o sofrimento, a dor e a nobreza dos sentimentos que habitam cada um de nós e sempre aprender com o sofrimento.
Beijos e até mais.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sistema Penal

Depois da última postagem, falando do Lula e do Serra, se eu quisesse viver de patrocínio, acho que nem a barraquinha de jujú do vizinho eu conseguiria, mas escrever é, antes de tudo, prazer.
Agora o assunto, que eu ficaria muito feliz se houvesse comentários, da maior importância: o que fazer com as pessoas que sairam do sistema de regras da nossa sociedade? Praticamente todo mundo faz isso em maior ou menor escala, algum dia. O remédio tem que ser na dose certa e ciente das limitações da idéia que temos em se punir para corrigir, ou pelo menos afastar pessoas nocivas do convívio. O ideal seria que as leis fossem continuamente revisadas à luz da ciência, no caso, a Psicologia e a Psiquiatria. Se acrescentarmos a luz das idéias Kardecistas da evolução e do livre arbítrio, acho que teríamos algo perto do ideal.
Um dos deveres sagrados da humanidade é tentar recuperar pessoas, não para serem "normais", mas para conviver com as outras, respeitando o direito e as diferenças alheios. Mas tentar, não é conseguir ou invadir a vontade própria. Qual é a raiz dos problemas? Segundo alguns espíritas, a terra está próxima de uma faxina geral, que, após algumas catástrofes absolutamente necessárias para correção, uma massa de espíritos que se recusam a evoluir, vão ser retirados para outros mundos mais compatíveis com a sua vibração. Então nós somos ou convivemos com aqueles que estão tendo a última chance. Então é um mundo de louco, portanto...Vamos às doenças mentais. Os mais graves, os psicopatas, não têm os mesmos sentimentos de compaixão, amor ao próximo ou qualquer gancho em que se possa trabalhar na recuperação. Logicamente, sua cabeça segue regras próprias de conduta e inflingir sofrimento não causa um sentimento de arrependimento, de mudar sua conduta. Na cadeia, os psicopatas assumem o comando, vão para o crime organizado e se tornam líderes. Nos casos violentos, eu acho que temos duas alternativas. Ou prisão perpétua com reavaliações periódicas de psicólogos treinados, aliás, para se condenar alguém assim, uma avaliação prévia se faz necessário, e sem o convívio com os outros. Como são inteligentes, podem fazer algum trabalho intelectual que sirva como desafio próprio. Ou a pena de morte, em que outras esferas do plano espiritual possa ter algum tratamento que desconhecemos. Falar em pena de morte pode parecer um paradoxo para um espírita, mas eu não sei se não é a melhor coisa para a própria pessoa. Mas a idéia principal é de que o tratamento não pode ser igual aos demais. Para os demais, é óbvio que a ressocialização se passa por profissionalização, sistemas de ganhos para redução da pena e incentivo fiscal para empresas que contratem uma porcentagem de empregados ex-presidiários. Assistência psicológica inclusive para a família do detento. Mais para frente vou falar sobre legalização de algumas drogas para reduzir o crime organizado.
Caros Leitores, desculpem se não falo mais de coisas engraçadas, acho que estou primeiro me limpando da sensação de inércia diante do rumo que as coisas estão tomando. E tô gostando, acordo bem mais tranquilo. Como disse Cazuza, beijos prá quem são de beijos e abraços prá quem são de abraços.