Abrolhos

domingo, 27 de junho de 2010

Mídia

Eu tenho sentimentos contraditórios em relação à mídia e acho que ela mesma o tem. A ética e o sensacionalismo devem se digladiar continuamente. Com o baixo nível cultural do povo, que nem de longe acompanha o desenvolvimento econômico, ao contrário, a cultura do mal gosto, do ridículo que passa a ser moda, ganha um espaço cada vez maior nos meios de comunicação. Como espaço é dinheiro, não há como não ceder. Eu imagino que tudo começou na década de 60, com a contracultura, que foi uma forma de protesto contra a sociedade da época, elitista, segregacionista. Os mais velhos se lembram do WASP (white, anglo saxan, protestant)? Era o ideal da sociedade americana e o resto do mundo só existia para ser explorado e sustentar os lucros dessa burguesia podre. Da contracultura, que criou novos hábitos, novos ídolos, novos sons, Woodstock, Paz e Amor, aquela coisa toda, seguiu-se um curto período de equilíbrio e lucidez, desenhos como snoopy, programas inteligentes, festivais com conteúdo político e depois...descambamos. Dá muito mais dinheiro, muito menos trabalho, muito mais apelo ao erótico de mal gosto, agradar direto ao povão. Tem até mulher melancia na Playboy! Claro que não precisam ser só programas culturais, mas mesmo os populares têm que fazer o povo pensar. Pior quando, ao contrário, incute sentimentos negativos, tipo estes programas que passam à tarde tipo "Cidade Alerta", que fazem pessoas cada vez mais com medo, cada vez mais isoladas. Mas, como tudo, existe o lado bom. O jornalismo investigativo, que faz uma espécie de polícia da sociedade, da Veja e da Isto É, programas humorísticos como CQC, uma parte do Pânico e do Casseta e Planeta. E agora vou me despedir mandando um beijinho prá titia e prá vovó, só não posso esquecer da minha eguinha Pocotó. Bjos.

domingo, 20 de junho de 2010

Para Uma Amiga

Este post vai para uma paciente que está se tornando uma grande amiga e acho que, se não revelar seu nome, eu posso contar um pouco de seu drama.
Esta senhora, espírita, inteligentíssima, estudada nos mistérios desta interface confusa que temos com o mundo espiritual, tem um drama longo e, aparentemente sem solução. Ela tem uma grande mediunidade e soube que, por desentendimentos em outras vidas, adquiriu inimizades imortais que a perturbam e influenciam seus filhos, que são perturbados por vozes contínuas e, mesmo sendo profissionais capazes, formados com louvor, não conseguem trabalhar e estão no limiar de um diagnóstico de esquizofrenia.
Então esta senhora muito mais sábia e gabaritada que eu, que quase não estudo e ainda sou metido a escritor, me pede conselhos e eu só pude indicar a Casa Francisco de Assis, onde gente mais capaz poderá ajudar. Mas....
Depois eu tive uma conferência com meus botões e cheguei a algumas conclusões:
Primeiro, ela se sente altamente responsável pelo bem estar de seus filhos, talvez chegando às raias da culpa. Será? Será que seus filhos não têm seus próprios carmas e simplesmente convivem para um tentar ajudar o outro de igual para igual?
Segundo, será que eles próprios estão querendo ajudar a si próprios ou negando o problema ou esperando que a mãe, que tem jeito daquelas que carregam o mundo sozinhas, resolva o problema por eles?
Terceiro: será que, com o passar dos anos, esta senhora não perdeu aquela alegria de viver, tão necessária para atrair os bons fluidos e saltar para níveis vibratórios superiores e está na hora de sair, se divertir, e pensar um pouco mais em sí?
Estou convicto que, para ajudar os outros, definitivamente não é qualquer um que pode. Você precisa ter a fé que estamos em um mundo em transformação e com boas perspectivas no futuro, senão você não consegue nem convencer a si mesmo nem a outrem. Tem que captar se o outro realmente quer ser ajudado e que para isso tem que abrir mão de alguma coisa, se está preparado, senão ele está apenas desabafando e aí, basta palavras de empatia tipo: - Puxa, que coisa, né? - Fique calmo. E assim por diante.
É necessário um mínimo de conhecimento técnico do problema, por exemplo, ajudar um viciado é necessário medicação, deixar ele sofrer um pouco com as consequencias do seu comportamento e oferecer um trabalho comunitário com possibilidade de reconhecimento público. Saber se um problema mental é reversível ou não, etc.
Por último, nunca se envolver e se contaminar com o drama alheio, claro que um pouco sempre acontece, aí um esporte, um hobby, qualquer coisa que descarregue é necessário. Beijos a todos e um especial para essa amiga, que Deus lhe ajude.

domingo, 13 de junho de 2010

Felicidade custa caro. É um processo, na vida, que vem com a maturidade. Primeiro, a gente tem que se conhecer. Não adianta chegar na Copa e falar de futebol, se o resto do tempo não estamos nem aí prá ele, não adianta falar mal do governo se não colaboramos com a nossa parte. À medida que definimos o nosso gosto e desgosto, temos que viver coerentemente com eles e nos despir de falsos discursos, falsos moralismos, trabalhos que não gostamos, convivências que não estão em sintonia conosco, falsos relacionamentos, enfim, ficar nú. Claro que devemos respeitar as diferenças com educação, mas dentro do seu espaço quem manda é você. Às vezes dói, e como dói. Por isso que eu acho que a coragem é a base, o pontapé inicial, do caminho da felicidade.
Eu adoraria ver na TV, um candidato que dissesse: Eu vou fazer o meu melhor, mas se esse povinho filho da mãe, não ajudar, querendo que tudo caia do Céu, não vai dar.
Ele estaria ficando nú, só com a verdade.
O Serra, por exemplo, ele tem idéias ótimas, acho que vai fazer um grande governo, mas, na hora de falar, ele parece que tem medo de ser mais assertivo. Acho que político pensa que o povo gosta de ser iludido, de que vai ter uma fórmula mágica, que todos vão ter tudo, sem abrir mão de nada. Têm medo de falar a verdade, que o bolsa família não pode ser eterno e ilimitado, que para investir em infraestrutura e ainda baixar impostos, vai ter que ter a iniciativa privada, se quiser fazer melhor ainda, vai ter que mexer na estabilidade do funcionário público, pelo menos os novos. Uma hora ou outra vai ter que mexer na previdência também. Eu lembro que no último debate para presidência, todo mundo tirou o seu da reta.
Esse blog é uma forma de me despir de convenções e tudo, ou quase, que eu penso eu coloco aqui. É um instrumento que me ajuda a ficar mais leve, mais feliz. Bjos.

PS: Beeta, obrigado pelo selo, eu fiquei muito comovido, mas eu sou meio tapado e não consegui colocá-lo em meu blog. Ví o regulamento e confesso que não tenho 10 blogs para indicar. Mas gostei muito, um Beijo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Médicos, Professores, Empresários & Governantes

O que todos esses tipos têm de diferente em relação aos demais pobres mortais?
O Carma, a contabilidade espiritual.
De um modo geral, os bons vão para lugares melhores e os ruins vão para piores, após a morte. Mas, e quando o trabalho permite fazer o bem e/ou o mal para muitas e muitas pessoas? Tudo que é de bom ou mal que se faz também é multiplicado pelo número de pessoas influenciadas por suas decisões. É uma responsabilidade para sí tremenda! Se temos o dom do carisma, o dinheiro como instrumento de nossas vontades, quando chamamos para si a responsabilidade pela educação e saúde de outrem, temos que responder por isso.
É a matemática que rege as nossas vidas, e que muitas vezes é a causa de sofrimentos inexplicáveis e longos. Será que, em Brasília, alguém já pensou nessa possibilidade? E governantes que lançam uma guerra que não é para a defesa de seu povo? Imagine Bush, imagine Hitler e outros, o que não fizeram para si mesmos? Muito pior do que para aqueles que morreram, pois lá terão conforto e compensações, isto e´, desde que não se lancem num desejo de vingança sem fim. Mas para quem causa, isto fica acumulado, e o arrependimento não o exime de muito trabalho e sofrimento regenerador.
O mesmo acontece para os profissionais acima citados que têm o poder que lhes é dado lá de cima, para ajudar a humanidade a evoluir.
Para quem já está sofrendo, nada de desanimar, vamos no pensamento positivo que um dia o mal acaba. Bjos.

Resposta à minha fã #1: Ah....o que seria dos blogueiros sem seus moderadores, né? Gostei, mas em termos. Claro que sou eu que tenho que me acalmar no trânsito, eu não tenho a pretensão, nem a ingenuidade de que esse blog mude a cabeça de muitas pessoas a ponto de que ações coletivas e cooperativas no trânsito o melhore. Então é mais um desabafo. Pessoas de mais idade não vão recuperar seus reflexos, nem deixar de fazer o que têm que fazer, sem outra opção. Mas foi bom eu voltar a este assunto, porque eu tenho uma sugestão: Quando estamos aguardando o sinal abrir, em vez de ficarmos distraídos, somente aguardando o carro da frente sair, por que não tentamos sair quase ao mesmo tempo, diminuindo esta inércia?
Obrigado, você enriquece este blog. Um beijo.