Abrolhos

domingo, 20 de junho de 2010

Para Uma Amiga

Este post vai para uma paciente que está se tornando uma grande amiga e acho que, se não revelar seu nome, eu posso contar um pouco de seu drama.
Esta senhora, espírita, inteligentíssima, estudada nos mistérios desta interface confusa que temos com o mundo espiritual, tem um drama longo e, aparentemente sem solução. Ela tem uma grande mediunidade e soube que, por desentendimentos em outras vidas, adquiriu inimizades imortais que a perturbam e influenciam seus filhos, que são perturbados por vozes contínuas e, mesmo sendo profissionais capazes, formados com louvor, não conseguem trabalhar e estão no limiar de um diagnóstico de esquizofrenia.
Então esta senhora muito mais sábia e gabaritada que eu, que quase não estudo e ainda sou metido a escritor, me pede conselhos e eu só pude indicar a Casa Francisco de Assis, onde gente mais capaz poderá ajudar. Mas....
Depois eu tive uma conferência com meus botões e cheguei a algumas conclusões:
Primeiro, ela se sente altamente responsável pelo bem estar de seus filhos, talvez chegando às raias da culpa. Será? Será que seus filhos não têm seus próprios carmas e simplesmente convivem para um tentar ajudar o outro de igual para igual?
Segundo, será que eles próprios estão querendo ajudar a si próprios ou negando o problema ou esperando que a mãe, que tem jeito daquelas que carregam o mundo sozinhas, resolva o problema por eles?
Terceiro: será que, com o passar dos anos, esta senhora não perdeu aquela alegria de viver, tão necessária para atrair os bons fluidos e saltar para níveis vibratórios superiores e está na hora de sair, se divertir, e pensar um pouco mais em sí?
Estou convicto que, para ajudar os outros, definitivamente não é qualquer um que pode. Você precisa ter a fé que estamos em um mundo em transformação e com boas perspectivas no futuro, senão você não consegue nem convencer a si mesmo nem a outrem. Tem que captar se o outro realmente quer ser ajudado e que para isso tem que abrir mão de alguma coisa, se está preparado, senão ele está apenas desabafando e aí, basta palavras de empatia tipo: - Puxa, que coisa, né? - Fique calmo. E assim por diante.
É necessário um mínimo de conhecimento técnico do problema, por exemplo, ajudar um viciado é necessário medicação, deixar ele sofrer um pouco com as consequencias do seu comportamento e oferecer um trabalho comunitário com possibilidade de reconhecimento público. Saber se um problema mental é reversível ou não, etc.
Por último, nunca se envolver e se contaminar com o drama alheio, claro que um pouco sempre acontece, aí um esporte, um hobby, qualquer coisa que descarregue é necessário. Beijos a todos e um especial para essa amiga, que Deus lhe ajude.

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