Abrolhos

sábado, 6 de março de 2010

Se Eu Fosse Presidente

Acho que todo mundo tem este sonho, fazer e desfazer o que achamos certo, sem considerar que o presidente é só uma voz, poderosa, mas só uma voz no jogo da política, democrática ou não. Mas, se eu fosse eleito, tivesse uma base política forte e alinhada ao meu pensamento, eu mudaria muita coisa. Para começar, enquanto candidato, eu pediria aos meus cabos eleitorais que não emporcalhassem as ruas com panfletos, limpassem muros, postes e etc. logo após a eleição. Agissem com classe e não pulassem no pescoço do eleitor indeciso. Exporia minhas idéias, mas não prometeria nada, porque ser presidente não garante nada que idéias se concretizem. Nem dias mais felizes, pois quem espera um governo que o faça mais feliz já se condenou a uma vida de frustrações.
Uma vez eleito, teria as seguintes metas:
Fim do voto obrigatório, levando ao refinamento do padrão do eleitor e inelegibilidade se houvesse muita abstinência, indicando que nenhum dos candidatos desperta confiança da população.
Quase nada seria de graça. Tudo que é dado sem merecimento cai na desvalorização e na injustiça. Todos pagam e só alguns desfrutam. Por exemplo: remédios, exames e procedimentos de graça só com comprovação de pobreza e preços escalonados conforme a renda da pessoa. O dinheiro seria utilizado para ampliar o leque de medicação, exames, construção de hospitais e tudo o mais. Garanto que ninguém iria desperdiçar medicamentos nem faria exames que não iria buscar depois. Isto acontece numa escala maior do que você imagina.
Bolsa família? Só por uns 3 anos condicionada a frequencia de cursos profissionalizantes e redução do benefício se houvesse mais filhos durante o período. O beneficiado teria que comprovar, por exemplo, uma vez por mês, que se candidatou a uma vaga de emprego. Filhos teriam que estar frequentando a escola e vacinados.
Fim do sistema de cotas. Ninguém é totalmente branco ou preto. E índios, japoneses, pardos como ficam?
Igualdade de serviço militar obrigatório para homens e mulheres. Poderia ser serviço social, substituindo, caso o candidato preferisse independente do sexo.
Eu já postei antes sobre sistema penal e vai aí um complemento da maior importância que eu devo argumentar antes. Existe uma doença mental muito frequente que o governo não sabe o que fazer. Dependentes de drogas, jogos e velocidade. Pessoas assim não são necessariamente más. Mas tentam sempre preencher as suas vidas com emoções inutilmente, num saco sem fundo. Existe uma necessidade de estabelecer limites complexos entre tratar, coibir e punir e até que ponto preservar o direito individual de querer manter o seu vício mas limitando os danos à sociedade. Minha linha de ação seria assim. Primeiro o psicólogo junto com assistente social para cadastrar, classificar, entender e ajudar o indivíduo a ter saídas não auto-destrutivas. Caso ele não conseguir se adaptar ao programa que incluiria necessariamente uma prestação de serviços à comunidade, profissionalização e terapia conjunta familiar, ele assinaria um termo de responsabilidade que isentaria o governo de danos à própria saúde pelo uso da droga.
Após esta fase, ele poderia adquirir a droga. Eu faria um plano piloto com a maconha. Ela seria produzida artesanalmente por pequenos produtores, longe dos centros urbanos. Não seria permitido propaganda (nem de cigarro), nem para menores. Em farmácias, a preço de custo mais impostos, tabelada. O objetivo é quebrar o tráfico e toda a violência que ele traz.
Liberaria cassinos e bingos on line com a CEF, com cadastros dos usuários, que serviria para a família entrar com um processo por abandono econômico caso se achasse lesada.
Permitiria a criação de "autobans" estradas sem limite de velocidade com pedágios e da iniciativa privada. A pessoa se responsabiliza por eventuais acidentes.
Homossexuais poderiam se casar, adotar como qualquer casal, com supervisão periódica do juizado de menores ou orgão competente.
Quanto a política econômica não existe fórmula e nem me considero capaz de uma avaliação correta. A verdade é que com a sociedade atual a roda da fortuna roda. Um dia os jogadores da bolsa estão contentes, outro dia os produtores de laranja estão e outro os do petróleo. Enquanto todos, ou pelo menos a maioria das pessoas querem levar vantagem cada vez mais num negócio, numa relação patrão-empregado, num serviço público, podem conseguir, mas adquirem dívidas morais e espirituais que, mais cedo ou mais tarde são cobradas.
Tenho certeza que estou esquecendo outras idéias, mas, se aparecerem eu público num próximo post. Por que não me candidato? Porque me faltam elementos. Sou muito tímido mas estou perdendo isto. Tenho uma memória horrível, péssimo fisionomista e não sei puxar o saco. Mas, quem sabe um dia... Bjos.

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