Abrolhos

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Isabella Nardoni

Eu esperei, propositalmente, passar a grande comoção popular para escrever, e lamentar como as pessoas se encheram de ódio com o caso e agravado com o martelar constante da imprensa e com resultantes de aumento nas pressões dos hipertensos, na glicemia dos diabéticos, nas dores dos reumáticos e assim por diante. Em tempo, a condenação foi justa? Foi, se considerarmos o aspecto da resposta da justiça à sociedade. Se é cristão? Bem, todo a estrutura do sistema penal no Brasil e quase em todo o mundo não o é, porque não promove a recuperação do ser humano, portanto, não corta a roda viva do mal. Uma vez eu falei que indivíduos psicopatas, são um caso a parte, porque não têm respostas aos métodos conhecidos na ciência mental atual. É o caso? Não sei. O enfoque foi tanto na barbárie que nem se cogitou em uma análise mais racional. Pelo menos eu não vi. Mas estamos longe disso, não é? O casal vai conviver com outros presos, serão acrescentados ao submundo das cadeias com regras próprias e, daqui um tempo o mundo volta ao normal até que uma nova tragédia ocorra para saciar a nossa sede de sangue e novamente perguntarmos: porque o mundo é assim? Demorei um pouco para escrever também, porque uma pergunta me martelava: eu seria tão condescendente se fosse com o meu filho? Um dia eu acordei e acho que Deus me deu a resposta. Depende. Existe o animal dentro de mim e se eu pegasse um sujeito fazendo mal, colocando a vida do meu filho em risco, provavelmente partiria para cima com intenção de matar, se tivesse tempo para pensar, talvez não. Mas não fazemos parte deste drama e temos condições de não sermos cúmplices deste linchamento mental. A recuperação do ser humano deveria ser alvo do governo, não a ponto da ingenuidade, de ficarmos sujeitos às espertezas dos advogados, mas algo realmente movido pelas leis do Amor com auxílio da ciência. Bjos.

4 comentários:

  1. To seguindo, vamos ver se os artigos são bons mesmo....rs

    já te linkei no meu tb......

    abraço

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  2. Ha poucas semanas uma mulher foi julgada no fórum de Amparo pelo homicidio do filho, q após golpes de vassouradas, foi internado e faleceu no hospital. certamente isso não apareceu na mídia, eram pobres, moravam na periferia da marginalidade, onde moram milhões de crianças abandonadas pelo descaso dos governantes e instituições q foram criadas...riam...para cuidar do bem estar do menor neste pais. São tantas Isabelas q nem percebemos no nosso dia a dia, q preferimos ignorar. Só qdo o leão da mídia ruge, sob a regencia dos interesses maiores, para nos tirar dos escandalos politicos, q falamos...nossa, que barbaridade! A nossa ignorancia é a barbaridade. Alice

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  3. Dr. Lineu concordo com as palavras elas tocam bem no fundo, são Isabelas são Josés que com sua classe pobre não aparecem na mídia nem o acidente que aconteceu naquela rodovia em que o dr. acabou com a vida do José um senhor pobre que estava indo trabalhar com seu carrinho que suou tanto pra conseguir e acabar de uma forma trágica. Pensamos que teriamos pelo menos um telefonema da sua pessoa para saber como estavamos, tem uma outra pessoa toda debilitada dependendo de ajuda e vc o q fez.

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  4. vc me parecia tão correto....
    que decepção....

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